Em jogo equilibrado Sport fica no empate diante do líder Cruzeiro

O Sport equilibrou o jogo, marcou bem o líder Cruzeiro e jogou de igual para igual. Como o time mineiro também mostrou disposição, principalmente no primeiro tempo, o resultado final ficou igual. Apesar do 0x0 os dois times não fizeram um jogo monótono. Pelo contrário, foi uma dura batalha por cada palmo de espaço no campo. Com o ponto conquistado, o time pernambucano chegou aos 36 e mantém o oitavo lugar, posição que pode mudar até o complemento da rodada.

Marcar atacando o Cruzeiro – pressionar a saída de bola – seria um passo para a autossabotagem. Por isso, o técnico Eduardo Baptista orientou seu time a deixar meio campo para o time azul e preencher todos os espaços em sua metade defensiva para sair em velocidade. E conseguiu executar com significativa qualidade, principalmente a parte defensiva.

A boa marcação rubro-negra conseguiu deixar Marcelo Moreno isolado e um pouco do poderio ofensivo azul anulado. Por isso, os líderes do Brasileirão ameaçaram mais nos cruzamentos, sempre com o lateral-esquerdo Egídio ou arriscando de longe. Nisso, quem levou perigo foi Marquinhos, num chute que passou à direita de Magrão.

Faltou ao leão mais velocidade na hora de arrancar nos contra-ataques. O time até iniciava a jogada, mas os defensores cruzeirenses conseguiam antecipar o passe final. Apesar de toda aura de onipotência que a liderança disparada lhe conferiu, o Cruzeiro teve seus cuidados com o time pernambucano. Um deles foi manter Patric limitado às funções defensivas sempre colocando um jogador fixo no lado esquerdo. Essa era a primeira função de Marquinhos, que também contava com o avanço de Egídio.

O Sport ficou praticamente ‘torto’ pelo lado direito. Quem tentava fazer algo diferente era Diego Souza, mas em alguns momentos individualizou mais do que o necessário. A boa marcação do Sport só vacilou nos últimos minutos da etapa. Aos 46, Egídio cruzou rasteiro e Éverton Ribeiro chutou para Magrão defendeu com o pé. No rebote, Ricardo Goulart acertou a perna de Wendel.

Para o segundo tempo os dois times voltaram com propostas diferentes. O Sport forçando mais as jogadas pelo lado direito e o Cruzeiro adiantando seu meio de campo. Assim, a partida truncada, com mais erros que acertos do primeiro tempo deu lugar a mais alternativas ofensivas. E, claro, aumentou o risco dos dois times tomarem gols.

O Sport foi mais perigoso porque mesmo com a saída falha no meio, Rithely e Wendel faziam um bom trabalho defensivo. A bola não chegava em Éverton Ribeiro, que, sem mobilidade, ficava encostado na ponta direita. A direita também foi o lugar onde Ibson criou raízes e pouco participou. À medida que o tempo avançou foi Diego Souza a dar sinais de cansaço. Mas o técnico resolveu fazer diferente. Sacou Neto Baiano para colocar o 87 como centroavante. Quem entrou foi Danilo para dar mais velocidade.

A presença ofensiva do Sport não diminuiu mas faltava criar a oportunidade para alguém finalizar. Isso só acontecia quando alguém arriscava algo de fora da área, normalmente Diego Souza ou Patric. Pelo lado mineiro, o volume era um pouco menor mas a qualidade técnica do time o fazia chegar à assistência. O que eles não conseguiam era finalizar. E não por deficiência mas sim eficiência da defesa rubro-negra.

Nos últimos dez minutos, com a maioria dos jogadores já bastante desgastada, a velocidade reduziu drasticamente. Nem mesmo a entrada de Dagoberto deu mais mobilidade ao ataque do Cruzeiro. O Sport ganhou um terceiro volante quando Augusto entrou no lugar de Ibson e fechou a porta do meio de campo. Ricardo Goulart teve a última grande chance aos 40 minutos mas falhou bisonhamente.

Ficha do jogo:

Sport: Magrão; Patric, Durval, Henrique Mattos e Renê; Rithely, Wendel (Willian), Ibson (Augusto) e Diego Souza; Felipe Azevedo e Neto Baiano (Danilo). Técnico: Eduardo Baptista.

Cruzeiro: Fábio; Mayke, Dedé, Manoel e Egídio; Henrique (Nilton) e Lucas Silva; Everton Ribeiro (Marlone), Ricardo Goulart e Marquinhos; Marcelo Moreno (Dagoberto). Técnico: Marcelo Oliveira.

Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Marielson Alves da Silva (BA). Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE). Cartões amarelos: Wendel, Augusto e Mayke. Público: 23.236.

Redação MeuSport
Com informações do Blog do Torcedor