Em uma partida apática, Leão tropeça contra o Atlético-GO

NE10

Numa partida em sua maior parte fraca tecnicamente, Sport e Atlético-GO receberiam como nota o placar de 0x0 estampado na Ilha do Retiro neste domingo (29), pela 13ª rodada da Série A. Com o ponto conquistado, o time da casa, que aumentou seu jejum de vitórias para quatro partidas, alcançou os 14 pontos. O próximo compromisso será no domingo (5), diante do São Paulo, no Morumbi.

A configuração inicial do Sport teve Moacir no lugar de Willians e, a mudança mais contundente, o recuo de Marquinhos Gabriel para o meio, desfazendo o 4-2-3-1 utilizado pelo técnico Vágner Mancini. Com isso, o time perdeu em marcação no campo de ataque, o que facilitou a vida do Atlético-GO.

O time visitante teve mais campo e manteve a posse de bola por mais tempo que os rubro-negros. Trocando passes, o time de Goiás chegou com perigo aos seis minutos. Após cruzamento da direita, Magrão saiu providencialmente e tocou na bola. Foi o suficente para tirá-la do alcance de Ricardo Bueno e a zaga completar, afastando o perigo.

Quem pensou que o susto acordaria o Sport enganou-se redondamente. Muito retraído e sem fazer a bola correr rápido na contra de contra-atacar, os pernambucanos quase não levaram perigo ao gol de Márcio. Quando os atacantes tinham a bola, o restante do time não acompanhava. Com pouca gente, os erros de passe aumentaram e o jeito era arriscar de longe, sem efeito.

A partir dos 25 minutos, o time da Ilha conseguiu organizar melhor seu jogo e marcar presença no campo ofensivo. No entanto, ainda pecava no último passe, o que prejudicava, e muito, as finalizações. Cicinho era figura constante pela direita, mas os cruzamentos só encontravam jogadores vestidos de branco. Marquinhos Gabriel chegou a marcar aos 31 minutos, mas recebeu a bola de Reinaldo em posição de impedimento.

Ao menos esse posicionamento leonino fez com que o adversário se afastasse um pouco mais do gol de Magrão. É bom lembrar que Tobi alinhou como terceiro zagueiro, o que deu um suporte defensivo melhor.

A partida ficou nivelada por baixo. As marcações levando ampla vantagem sobre os atacantes e pouquíssima inspiração. Os elementos que poderiam aparecer como surpresa, laterais e volantes, não o fizeram. E as limitações técnicas não permitiam jogadas individuais.

Já nos acréscimos da primeira etapa, aos 47, Gilberto bateu falta com força e Márcio defendeu em dois tempos, inclusive usando os pés para impedir o rebote para Cicinho.

No reinício da partida, o Sport mostrou mais ambição que o adversário, entenda-se por uma marcação mais adiantada. Por isso, conseguiu finalizar três vezes em menos de dez minutos. Numa delas, aos seis, Cicinho cabeceou para o gol no cruzamento de Gilberto, porém, como estava em posição de impedimento o gol foi anulado.

Porém, à medida que o tempo avançou, o Sport foi recuando a marcação. Também contribuiu para isso a substituição feita pelo técnico rubro-negro. Ele tirou Marquinhos Gabriel, mais disciplinado para ajudar a impedir a saída de jogo do Atlético, para entrada de Henrique.

O camisa 7 não organizou o jogo nem deu trabalho aos zagueiros rivais. Para consertar a falta de um jogador de criação, Mancini lançou Felipe Menezes no posto de Cicinho, que já não chegava ao ataque com a mesma força do primeiro tempo. O curioso é que Moacir não foi deslocado para o lado direito.

O Sport chegava perto da área em condições de finalizar a jogada cada vez menos. O Atlético gostou e parecia satisfeito com o empate, tanto que chutou em gol pela primeira vez aos 31. Ricardo Bueno chutou no meio do gol, fácil para Magrão. Depois disso, os dois times erraram tanto que deram a impressão de que se o árbitro terminasse o jogo cinco minutos antes do tempo previsto ficariam gratos.

Ficha do jogo:

Sport: Magrão; Cicinho (Felipe Menezes), Bruno Aguiar (Diego Ivo), Aílson e Reinaldo; Tobi, Rivaldo, Moacir e Marquinhos Gabriel (Henrique); Felipe Azevedo e Gilberto. Técnico: Vágner Mancini.

Atlético-GO: Márcio; Marcos, Reniê (Gustavo), Gabriel e Bruno Felipe (Rafael Cruz); Marino, Joílson (Diogo Campos) e Ernandes; Wesley, Ricardo Bueno e Patric. Técnico: Jairo Araújo.

Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Wagner Reway (MT). Assistentes: Carolina Romanholi (CE) e Carlos Oliveira (RR). Cartões amarelos: Rivaldo, Marcos e Gabriel. Público: 14.571. Renda: R$ 116.275.