Caldeirão Versão 2008

A Ilha do Retiro sempre foi um palco de grandes emoções. Torcida não ganha jogo, é verdade, mas ela está lá para lembrar aos jogadores do principal combustível que move o futebol. Não, não é o dinheiro. É a paixão. Os números no Campeonato Brasileiro de 2007 também provam que, para os atletas rubro-negros, o apoio da sua platéia é fundamental.
 
No entanto, existem torcedores mais calados, tensos, que preferem assistir o jogo em silêncio, por vezes roendo as unhas. O Movimento Brava Ilha parece ter nascido com o intuito de colocar os mais contidos para cantar e berrar pelo seu time. Em 2007 o crescimento do grupo de torcedores que acompanham a Brava foi impressionante. Nos jogos de esportes amadores eles também estão lá. Os coletivos também nunca mais foram os mesmos.
 
O repórter que vos escreve teve a missão de acompanhar Sport x Cruzeiro-MG, última partida do ano na Ilha, ao lado desses fanáticos. Já havia assistido jogos naquela área da arquibancada (lado esquerdo, próximo à saída três), mas nunca tinha visto tamanha festa. É contagiante. A promessa foi cumprida. Foram 90 minutos cantando e apoiando a equipe contra o Cruzeiro-MG.

É possível notar os torcedores incidentais que se unem a Brava Ilha durante uma partida. Eles começam tentando aprender algumas canções, ainda timidamente, para logo depois se juntarem à folia. E no jogo seguinte, a tendência é que ele já seja mais um integrante do movimento. Essa liberdade que a Brava Ilha oferece (eles se definem como um movimento aberto, não uma torcida organizada. Todos podem participar, da maneira que acharem mais conveniente), consegue seduzir até os torcedores mais desconfiados.
 
Com o avanço rápido da Brava Ilha, que começa a tomar uma parte considerável da arquibancada, o Sport vai ter um caldeirão ainda mais inflamado em 2008. A torcida será um 12° jogador ainda mais atuante.
 

Gustavo Paes
Redação meuSport.com