Hóquei – Novos desafios

De volta após a conquista dos títulos brasileiros no adulto feminino (Clube Português/Chesf) e juvenil masculino (SPORT/Maurício de Nassau), as duas equipes se preparam para competições distintas, este mês. Enquanto as lusas voltam suas atenções para o Campeonato Pernambucano, os rubro-negros preparam-se para representar a seleção brasileira no Mundial sub-20, que começa no dia 26, em Mendoza, Argentina.

Embora o Mundial seja para atletas que ainda não completaram 20 anos, o Sport vai representar o País com jogadores bem mais jovens. “O elenco do Sport tem média de 17 anos e isso dá uma vantagem maior aos adversários, principalmente no aspecto físico”, explicou o treinador rubro-negro, Maurício Duque. No entanto, ele ressalta a experiência de participar de uma competição internacional. O Sport/Brasil está no grupo com Chile, França e Inglaterra.

Quanto ao Brasileiro, Duque gostou do nível técnico da competição, e só não ficou cem por cento satisfeito porque o adulto feminino perdeu a final para o Português. “Mas o Português ganhou com justiça”, disse. O consolo foi a artilharia do torneio, que ficou com Bruna Selva (16 gols).

Ele só alerta para os dirigentes segurarem ao máximo os jogadores, já que sempre surgem muitas propostas após um bom desempenho. “Quanto mais você segura os jogadores nas divisões de base, menos vai precisar contratar no adulto”, ensinou.

Pelo lado do Português, a técnica Érica Cadeta viu uma evolução muito boa, não só nas equipes pernambucanas, mas em todo o hóquei brasileiro. “Estava há sete anos fora do Brasil (em Portugal) e vi um crescimento muito grande. O Corrêas-RJ, por exemplo, tem uma escolinha muito boa, tanto que competiu com duas equipes”, lembrou.

O trabalho de base é a sugestão que ela faz ao hóquei feminino pernambucano. Érica lembrou que as equipes de Sport e Português eram as mais velhas do Brasileiro e, se não houver um trabalho forte nas categorias inferiores, a qualidade dos times vai cair. “Pernambuco está falhando um pouco nesse aspecto. Seria bom entrar com a patinação nas escolas e levar as atletas que se destacarem para os clubes”.