Atacante e goleiro também lamentam

Assim como Lúcio e Rinaldo, o atacante Robson, o Robgol, artilheiro da Série A, com 21 gols pelo rebaixável Paysandu, e o goleiro Bosco, recém-contratado pelo São Paulo para a disputa do Mundial Interclubes da Fifa, em dezembro, lembraram alguns erros encontrados em sua estada pelo Sport. No ano passado, ambos tiveram passagem apagada pela Ilha do Retiro.

Robgol, de 35 anos, que teve um desembarque no Recife digno de pop star, com recepção colorosa no aeroporto, pediu dispensa depois de três meses de insucessos. Nesse período, fez apenas três gols, em 15 jogos. Bosco, após uma primeira passagem como ídolo (no final da década de 90), voltou em 2003 e deixou o clube durante a Série B 2004, após atuações decepcionantes.

Os dois jogadores não criticaram diretamente a diretoria de futebol rubro-negra (que tinha como vice-presidente Ricardo Brito). Por outro lado, lembraram a já famosa falta de união do grupo de jogadores. Os dois também reforçaram a idéia de ambiente pesado e de intranqüilidade na Ilha.

“Não dei certo no Sport porque a bola não chegava. Ficava isolado na frente. Sou um centroavante de área e preciso que o time jogue em função de mim. Talvez esse isolamento tenha acontecido no Sport porque havia uma certa vaidade por parte de alguns jogadores que ganhavam menos que outros”, lembrou Robgol. “Existia muita fofoca por parte da imprensa. Diziam que não me dava bem com Nildo (meia). O que não era verdade”.

Um possível clima ruim entre os atletas por diferenças salariais também foi lembrado por Bosco, que mostrou uma visão interessante sobre o problema. “Havia jogadores que estavam começando na carreira, já recebiam bons salários e por isso se achavam os donos do mundo”.

Nota do site: Esta é a versão dos atletas queixosos, dirigentes e demais jogadores não foram consultados.