Sport escapa da Terceirona mesmo perdendo

O que dizer de uma equipe formada por jogadores experientes que se destacaram em outros clubes em temporadas passadas? O que dizer de uma equipe em que a folha salarial beira os R$ 500 mil e é paga em dia (isso sem falar nas premiações)? Para um incauto torcedor, as respostas para essas perguntas seria afirmar com todas as letras que o elenco em questão é uma máquina demolidora. Pois, no caso do Sport, o time foi um verdadeiro fiasco.


A derrota por 2×0 diante do Gama/DF, em pleno estádio da Ilha do Retiro, pela última rodada da primeira fase da Série B, foi o reflexo do clube na termporada 2005. Falta de planejamento, jogadores sem o compromisso de atuar no clube, contratações exdrúxulas de jogadores e treinadores, poucas oportunidades aos atletas pratas-da-casa e passividade dos dirigentes diante de tantas falhas da equipe. Enfim, os erros foram muitos e o resultado foi este: 16ª colocação na Série B e o Leão só não foi rebaixado à Série C graças ao empate da Portuguesa/SP contra o Vitória/BA, no Barradão. No ano do Centenário,  não sobrou nem uma migalha de boas recordações para a torcida rubro-negra.


Mesmo com a necessidade de vencer o adversário para não correr riscos de rebaixamento, o Sport cometeu os erros que a torcida já conhece. A equipe rubro-negra pecou demais na troca de passes e sua defesa deixava brechas para os contra-ataques do Gama.


O Leão criou as primeiras chances claras de gol. Na primeira, Bibi foi lançado e chutou mal, para fora. Em seguida, Jadílson, de bicicleta, obrigou o goleiro Alencar a fazer grande defesa. Aos poucos o Gama foi crescendo dentro de campo e conseguiu o seu gol aos 39 minutos. O atacante Maia aproveitou um cochilo da defesa para, de cabeça, inaugurar o placar.


Veio o segundo tempo e o técnico Neco colocou Marco Antônio no lugar do meia Éder com o objetivo de tornar a equipe mais ofensiva. Mas o que se viu foi um Sport ainda mais atabalhado, sendo facilmente envolvido pelo Gama. Não demorou muito para que os candangos fizessem o segundo gol. Maia, novamente ele, aproveitou uma falha do lateral-direito Marcos Tamandaré (que havia entrado em campo no lugar de Possato) e fez mais um.


A partir de então, os corajosos torcedores rubro-negros que foram ao estádio, viram uma equipe desentrosada, que não tinha forças para chegar ao ataque. Para aumentar o vexame, Ramalho foi expulso após desferir uma cotovelada num atacante candango. A única alternativa de ajudar a equipe não ser rebaixada era rezar. No final, o “ufa” foi geral assim que foi decretado o empate do Vitória contra a Portuguesa/SP, no Barradão.