“Ilha virou cemitério de jogadores”

O diretor de futebol, Milton Bivar, numa demonstração de que não conseguia entender a péssima campanha do time na Série B e o fraco desempenho de alguns jogadores, declarou: “O Sport está se transformando num cemitério de jogador.”

A afirmação forte ou até exagerada do dirigente está dentro de um contexto. Alguns atletas que não renderam no Sport estão bem em outros clubes. Casos do meia Lúcio e do atacante Rinaldo, que se transferiram para o Fortaleza, e estão marcando gols e apresentando um bom futebol. Esse é também o caso de Robson, Robgol, que no ano passado pouco fez na Ilha do Retiro e hoje é um dos artilheiros da Série A, com 15 gols. O mesmo ocorre com Alecsandro, atualmente no Vitória – rebaixado à Série C –, um dos goleadores da Série B, com 13 gols.

Gustavo Dubeux não fez críticas às declarações de seu colega, mas ressaltou: “É uma demonstração de que formamos um grupo de bom nível técnico. Infelizmente, às vezes, um jogador não acerta em um clube, mas se dá bem em outro.”

O dirigente assegurou que todos os atletas que deixaram o clube fizeram um acordo, como Cleisson e Reinaldo Aleluia. “Todos receberam os seus direitos e acertamos pagar apenas os dias trabalhados. Não há ação na Justiça por parte desses jogadores.”

Na verdade, em duas temporadas – 2004/2005 –, o Sport contratou 60 jogadores. É um número muito alto. Os motivos para tanta despesa foram a falta de manutenção de uma base, de um ano para o outro. Por isso, do grupo atual, a diretoria pretende manter 70% do elenco. Devem permanecer os atacantes Marco Antônio, Jadílson e Bibi, os volantes Geraldo, Fabiano Gadelha, Felipe e Ramalho (pode se transferir para o Japão), os laterais Marcos Tamandaré, Leo e Possato, os zagueiros Baggio e Sandro, o meia Eder, os goleiros Maizena e Magrão, além de alguns garotos das divisões de base, como Heider, Diego e Clécio.

“Vamos apenas complementar o elenco para 2006. Todo o planejamento está sendo feito e, por isso, teremos mais condições de montar o time”, explicou Dubeux.