Copa PE – Confusão até nas explicações

Ninguém se entendeu ontem à tarde na Ilha do Retiro e a estréia do Sport na Copa Pernambuco terminou sendo suspensa. Sem policiamento e sem  ambulância no estádio, o árbitro Nielson Nogueira Dias se recusou a iniciar a partida, seguindo determinação do Estatuto do Torcedor. Até que o Batalhão de Choque aparecesse, lá se foram 40 minutos de atraso. Já era tarde, o América havia deixado o gramado e se negou a voltar a campo. Diante do impasse, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) remarcou a partida para o dia 28 de setembro.

Mas, de quem foi a culpa? A FPF, segundo seu secretário-geral, João Caixero, informou que mandou sim os ofícios às autoridades de segurança e saúde pedindo que comparecessem ao jogo na Ilha do Retiro. Já o Batalhão de Choque, através do comandante Luiz Meira, garante que para lá nada foi enviado. O Sport, por sua vez, diz que pediu policiamento. Segundo o diretor de futebol amador, Edgar Monteiro, tudo foi feito corretamente. Mas, nas questões relativas às ambulâncias, o rubro-negro confidenciou que houve um acordo entre a FPF e os clubes que disputam a Copa Pernambuco. “Disseram que poderíamos colocar um carro qualquer e um médico à disposição do público. Temos que economizar”, contou Edgar Monteiro. O que significaria um descumprimento das exigências do Estatuto do Torcedor.

Segundo o Estatuto, tanto o clube mandante, quanto a entidade organizadora da competição têm responsabilidades de informar aos órgãos de segurança e saúde do Estado sobre a partida. “Só fiquei sabendo do jogo, quando Roberto Coração de Leão (ex-jogador e dirigente do Sport) ligou para mim e me pediu ajuda, já que o juiz não quis começar a partida”, contou o comandante do BPChoque. “Corremos para lá, só que não deu tempo”, concluiu. De acordo com o artigo 14 do Estatuto do Torcedor, o clube mandante pode ser punido com a perda do mando de campo em até dois meses.