2005 deveria ter sido uma festa, mas foi um fracasso

O ano centenário do Sport se transformou em pesadelo para a sua apaixonada torcida. A festa de 13 de maio, aniversário do clube, foi emocionante, mas em campo o time se transformou num fiasco. Além de perder o Campeonato Pernambucano, com uma das piores campanhas dos últimos tempos – terminou em terceiro lugar, com 32 pontos, 15 atrás do campeão Santa Cruz –, o rubro-negro chegou ao final da primeira fase da Série B do Brasileiro com a corda no pescoço, lutando contra o fantasma do rebaixamento à Série C. A despedida da competição doeu no torcedor. Anteontem, o Leão perdeu para o Gama por 2×0, na Ilha do Retiro.

O Sport foi salvo do rebaixamento, graças a um empate por 3×3 entre Vitória e Portuguesa, no Barradão, levando o rubro-negro baiano à Série C. O clube pernambucano ficou na 16ª posição, uma colocação acima do grupo rebaixado, com 27 pontos, os mesmos do Vitória, mas com oito vitórias contra sete. A derrota do Bahia por 3×1 para o Paulista e o empate sem gols da Anapolina com o União Barbarense também beneficiaram o Sport.

A falta de continuidade e a necessidade de montar um novo elenco, levou a diretoria a investir pesado nas contratações, pois só tinha no grupo o goleiro Maizena e o volante Cleisson, atualmente no Náutico. Foram 30 jogadores, excetuando mais quatro que vieram para testes. Saídos da divisão de base havia nove garotos, mas a maioria foi dispensada.

A instabilidade do time e a pressão da torcida levaram os dirigentes a cometer erros, passando dessa forma mais insegurança aos jogadores, principalmente com a mudança constante de treinadores, cinco até agosto: Heriberto da Cunha, Adílson Batista, Zé Teodoro, Edinho Nazareth e por último Neco, técnico dos juniores, que assumiu faltando três rodadas para o fim da primeira fase da Série B.