Time recebe críticas e cobranças

Para o técnico Edinho Nazareth, o comportamento do time no segundo tempo do jogo contra o Criciúma, terça-feira passada, na Ilha do Retiro, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, foi um dos principais fatores para a frustrante derrota de 1×0. Depois de um final de primeiro tempo pressionando os catarinenses, o time voltou a campo errando muitos passes e só conseguiu finalizar de dentro da área adversária em uma única oportunidade, através do lateral-esquerdo Possato.

Em certa medida, a mudança do “vinho para a água” da primeira para a segunda etapa teve o dedo do próprio treinador. Antes dos 25 minutos, Edinho já havia feito as três alterações. A primeira delas foi a saída de Cleiton Xavier, meia que não demonstrava cansaço, era o mais consciente na distribuição das bolas e ainda ajudava no sistema de marcação. Entrou em campo Alexandre, que, além de não participar de uma partida oficial desde junho, só fez um coletivo com o restante do time, na semana passada.

As outras duas mudanças foram burocráticas. O lateral-esquerdo Marquinhos, mal tecnicamente, deixou o campo para a entrada do também lateral Possato e o meia-atacante Allann Delon, bem no jogo, mas cansado, cedeu lugar ao atacante Marco Antônio. Ao contrário do que estavam pedindo os mais de 25 mil torcedores que compareceram à Ilha do Retiro, ele deixou Bibi no banco de reservas. Por conta desta atitude, escutou o coro de: “Burro! Burro!”. “Não levo em consideração, porque o treinador vai do céu ao inferno de uma partida para a outra”, disse o comandante.

Edinho Nazareth revelou que tinha planejado fazer o placar no primeiro tempo de partida. “Traçamos todo o planejamento para estar ganhando já no início. Dominamos o adversário, criamos várias oportunidades, mas não conseguimos marcar. No segundo tempo, não gostei da postura tática e da falta de tranqüilidade. Não esperava este comportamento da equipe. E, quando eles (Criciúma) sentiram que tinham o domínio tático, exploraram os contra-ataques e conseguiram fazer o gol”, lamentou o técnico.

Há apenas três jogos no comando do Leão, tendo vencido dois e perdido um, Edinho ainda busca implantar o seu conceito tático. “Ainda não tenho o comando total sob o elenco. O time ainda não tem a minha cara. Mas estamos trabalhando e tenho certeza que vamos conseguir a nossa classificação para a segunda fase da Série B”, garantiu. Para chegar ao objetivo, o Sport tem a difícil tarefa de conquistar três vitórias nos quatro jogos restantes da primeira etapa da competição, o mesmo que conquistar nove dos últimos 12 pontos em disputa.