‘Quebra-galhos’ mostram valor

Se alguns ainda desconfiam da capacidade de técnicos que assumem times, mesmo que veladamente, como “quebra-galhos”, dois exemplos vindos da Série A podem tirar um pouco o medo de um possível insucesso de Neco à frente do Sport. Márcio Bittencourt pegou o Corinthians em frangalhos, depois de tentativas frustradas com Tite e o argentino Daniel Passarela, e terminou o primeiro turno da competição na liderança. Gallo também entrou fadado a ser dispensado rapidamente, mas o Santos está na quarta colocação, a apenas três pontos do Timão.

Exemplos em Pernambuco também não faltam. No Brasileiro da Série B de 2003, Leivinha pegou o grupo do Náutico completamente desunido, depois da demissão de Edson Gaúcho, e conseguiu levar o time aos quadrangulares semifinais. Na ocasião, a situação dos alvirrubros era um pouco mais complicada que a dos rubro-negros, já que precisavam vencer as quatro últimas partidas da primeira fase para seguir vivos na competição. Bateram o Mogi Mirim, o Remo, o Gama e o Botafogo.

Os bons resultados alcançados por alguns técnicos da competição atual também servem como alento. Wágner Mancine levou o Paulista ao título do Copa do Brasil. Sérgio Soares saiu do campo para a área técnica, no ano passado, e o Santo André está na quarta colocação da Série B. E o caso mais impressionante é o de Wladimir Araújo. Ele era zagueiro do Marília até a quinta rodada da Segundona, mas foi remanejado a treinador. Hoje, o MAC ocupa a terceira colocação.

Foto: JC Imagem