Leão quase definido

Na Ilha do Retiro, ontem, o futebol deu mais uma prova de que é um dos esportes mais dinâmicos. Bastou o meia-atacante Allann Dellon ficar de fora do coletivo de segunda-feira, por causa de dores na coxa esquerda, para perder a vaga para o atacante Rodriguinho. A informação foi dada pelo técnico Edinho Nazareth, impressionado com a movimentação do substituto de Delon. Para chegar à titularidade, Rodriguinho passou à frente de Marco Antônio, tido, até a partida contra o Criciúma/SC, na semana passada, como reserva imediato de qualquer centroavante titular, inclusive Vinícius. Marco sequer deve viajar a São Paulo, onde o Sport enfrenta o Marília, sábado, pela 18ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Um dia após o jogo Sport x Criciúma (8/8), houve um coletivo entre os atletas que não participaram do embate – com os que atuaram pouco tempo diante dos catarinenses – e os juniores. Rodriguinho, ao saber que seria opção para o segundo tempo do treino, pensou alto. “Chance, agora, só no próximo ano”, comentou com o meia Diego, que concordou com o companheiro. Não sabia o atacante que, cinco dias depois, por causa do empenho na movimentação contra os garotos e da ausência de Allann Dellon, receberia uma chance.

“Quando disse aquilo, tinha colocado na cabeça que a vez era dos que acabavam de ser contratados. Eles são conhecidos no cenário nacional. Mas, claro, continuei fazendo o meu trabalho”, diz.

Na época de Zé Teodoro, o atacante, de 22 anos, contratado à Portuguesa Santista/SP, ora aparecia entre os titulares, ora figurava no banco de reservas. De frente, atuou contra o Avaí/SC, Paulista/SP, Grêmio/RS e Vila Nova/GO. Na Série B, balançou as redes em duas oportunidades. Uma vez contra o Ceará/CE e outra diante do Vila Nova/GO.

Uma coincidência: a primeira vez que não foi relacionado sequer para o banco de reservas, na partida contra o Santa Cruz, na sétima rodada, atuou no jogo seguinte, contra o Ceará/CE, e fez um gol. O mesmo se repete agora, visto que ficou de fora da lista de reservas, na partida contra o Criciúma/SC. “É uma chance muito importante. Só falta o gol”, brinca.

Allann Dellon ficou sem ação ao saber da decisão de Edinho. Mas confirmou ter sido impossível treinar na segunda-feira, por causa das fortes dores na coxa esquerda. “Não posso forçar e transformar o que era só dor numa contusão séria”, lamenta.