Jogar na seleção é o sonho de Jadílson

O atacante Jadílson, do Sport, não pensou duas vezes quando foi indagado sobre o seu maior sonho no futebol. “Todo jogador quer ser convocado para a seleção brasileira. Não sou diferente. É um sonho, uma caminhada longa. Mas tenho esperanças. Tudo vai depender de mim, de saber aproveitar bem as oportunidades.”

Pode até parecer falta de humildade do atacante rubro-negro em pensar na seleção. Mas, na verdade, Jadílson Carlos da Silva, 24 anos, é um rapaz humilde. Como tantos garotos, começou a carreira nos campos de pelada, chegando a treinar na escolinha de futebol do Doda, que fica na Ilha do Caranguejo, por trás da Ilha do Retiro.

“Doda (não soube dizer o nome completo) me ajudou. Não vou negar isso. Mas eu decidi sair e fui para o júnior do Unibol (2000). Lá encontrei o professor Tacão (atual preparador físico do Sport) e Neco (atual técnico). Por uma dessas coisas do futebol nos encontramos aqui no Sport”, conta o atacante.

Do Unibol, Jadílson foi para os juniores do Atlético Paranaense. Mas retornou a Pernambuco e defendeu o Petrolina, tendo sido vice-artilheiro do Campeonato Pernambucano com nove gols, em 2002. Em seguida se transferiu para o Confiança e tornou-se campeão sergipano. Voltou para o Atlético e depois encarou a sua maior aventura, indo atuar no futebol dos Emirados Árabes Unidos.

Nos Emirados Árabes jogou no Banyas, em Dubai, no Al Shabb, da capitão Abu Dhabi, em duas temporadas. Ele marcou 26 gols. “É um país maravilhoso. Tem de tudo. Não faltam turistas, a maioria é de ingleses, franceses e espanhóis. Joguei ao lado de Geraldo (ex-Sport). Foi uma ótima experiência.”

Agora, no Sport, se transformou em ‘herói’. No jogo de terça-feira marcou o segundo e o terceiro gols na virada sobre o Bahia por 3×2, deixando o Sport ainda com chances de se classificar à segunda fase da Série B do Campeonato Brasileiro. Não será fácil. O time precisa vencer a Portuguesa, dia 2 de setembro, em São Paulo, e o Gama, dia 10, na Ilha. “São desafios que a gente terá de enfrentar. O nosso grupo é forte. Mostrou isso contra o Bahia. Não vejo essa missão como impossível”, afirmou.

“Eu tenho no Sport uma família. As pessoas, talvez, não acreditem, mas o grupo é unido. Por isso, acredito muito na nossa reação e na classificação”, acrescentou o atacante, que em dois jogos fez três gols, mesmo tendo atuado um tempo. Jadílson, casado há dois anos com Rejeane, mostra maturidade ao falar sobre se será titular diante da Lusa. “Essa é uma decisão do treinador. O professor Neco vai escalar quem ele achar melhor.”

O atacante não sabe se terá o empréstimo com o Sport prorrogado. “Essa questão fica com a diretoria. Só penso no jogo contra a Portuguesa.”

Foto: JC Imagem