Filhas admiram a profissão do pai

Você que pensa que as mulheres, e ainda mais sendo crianças, não entendem de futebol está completamente enganado. Para comprovar a afirmação, basta apenas conversar com Bruna, 12 anos, Bárbara, nove, e Lissandra, oito, todas filhas do zagueiro  Sandro, 32. Elas são tímidas, simpáticas e, ao mesmo tempo, interessadas pela profissão do pai. Somado a outras qualidades, as três, de acordo com o próprio xerife leonino, foram os melhores presentes que ele poderia ganhar na vida.

A mais velha das filhas do defensor é tão entendida, orgulhosa e curiosa pela profissão do pai que às vezes chega a receber alguns “carões” dele. “Quando a gente está assistindo a um jogo pela televisão, eu pergunto tanto que ele se arreta”, revelou Bruna. Inclusive ela até se arrisca em praticar o esporte no colégio e na escolinha de futebol que o pai possui. “De vez em quando eu levo as três lá para o meu society. Mas nenhuma será jogadora, até porque as mulheres não ganham pra jogar aqui no Brasil. Elas vão estudar e seguir a profissão que desejarem”, decretou Sandro.

Mas ser filha de jogador não é só um mar de flores. Como os jogos, geralmente, acontecem nos finais de semana, o contato de Sandro com as filhas se torna difícil nesses dias. “Eu até pretendo parar de jogar daqui a três anos para dar maior atenção a minha família. Mas como a Série B tem muitos jogos no sábado, eu vou no domingo com à família para a Igreja”, afirmou. “O ruim também é que a gente muda de cidade de vez em quando”, acrescentou Bruna, para depois lembrar o lado bom da história: “Todo mundo fica perguntando no colégio as coisas que acontecem no Sport pra nós três. Além, claro, de viajar muito e ser bem tratada onde quer que vamos.”