Bagunça – Um técnico a cada 46 dias

Neco é o quinto técnico a comandar a equipe do Sport na atual temporada. Antes dele, Heriberto da Cunha, Adílson Batista, Zé Teodoro e, agora, Edinho Nazareth já haviam ocupado o cargo, os dois primeiros no Campeonato Pernambucano e os demais na Série B. Sendo assim, a média rubro-negra no ano é de um treinador a cada 46 dias.

A atual dança das cadeiras já supera, inclusive, a do ano passado, quando o Sport terminou em 3º lugar no Estadual, assim com este ano, e fechou na 17ª posição na Série B, duas acima da zona do rebaixamento à Série C. Vale lembrar que, cada nova troca de treinadores invariavelmente é acompanhada de novas contratações, indicadas pelos novatos.

“Um dos defeitos que detectei no Sport é justamente esse. Cada treinador que chega pede novos reforços e acaba colocando os jogadores que estão como titulares no banco. Com isso não se cria uma unidade no grupo, não há identificação. O Sport sempre foi conhecido por ter um time base forte. Os reforços sempre chegavam para completar algum setor carente”, analisou o novo comandante leonino, Neco.

Dos treinadores que comandaram o Leão no ano do emblemático e, até agora, problemático centenário, o que passou mais tempo à frente do time foi Zé Teodoro. O Sport esteve sob a sua batuta de 18 de abril a 22 de julho, período em que dirigiu o time em 14 jogos.

Já o treinador com carreira mais curta na Ilha foi Edinho Nazareth, que dirigiu a equipe durante apenas 27 dias, ou quatro jogos (duas vitórias e duas derrotas). É bom salientar que Heriberto da Cunha havia assumido a equipe em junho de 2004. Porém este ano, foi demitido ainda no 1º turno do Estadual, dia 2 de fevereiro.

Para obter a classificação e não correr o risco de seguir o caminho de seus antecessores, Neco terá que obter algo ainda não alcançado pelo Sport na Série B deste ano: vencer três jogos seguidos. No ano passado o feito foi obtido uma única vez, entre a 14ª e 16ª rodadas.