Amigos dão último adeus a Bria

O Sport amanheceu, ontem, de luto. O ex-lateral Bria morreu de parada cardíaca, quinta-feira, às 19h30, após uma sessão de hemodiálise, no Hospital Pan de Areias. Ele foi sepultado no Cemitério de Santo Amaro ao meio-dia, com a presença de vários companheiros do tempo que em jogava futebol e dos familiares.

Muito querido e admirado, Cosme Rodrigues de Melo, Bria, 77 anos, deixou a viúva Maria de Lourdes Guimarães Rodrigues de Melo, com quem foi casado por 51 anos. Tiveram sete filhos, nove netos e um bisneto. Num clima de emoção e tristeza, os amigos deram o último adeus a um dos atletas mais queridos da torcida do Sport. Foram 14 anos no clube, tendo conquistado sete títulos.

Uma das conquistas mais lembradas foi a de 1955, ano do cinqüentenário rubro-negro. “Bria foi um jogador de muita garra, mas também de técnica. Além disso, era um grande homem. Não tinha vícios. Não fumava e nem bebia e falava pouco, mas era um grande amigo e um verdadeiro rubro-negro”, lembrou o ex-jogador Zé Maria.

Representando a atual diretoria, Guilherme Beltrão adiantou que o Sport decretou luto por três dias e a bandeira do clube, em frente à sede, estava a meio pau. “Bria foi um legenda dentro do Sport. Sempre se dedicou muito ao clube. Jogava por amor”, ressaltou o dirigente.

O radialista e rubro-negro Antônio de Padua também esteve no velório. Emocionado, ele lembrou que Bria disputou acirradamente com Caiçara, ex-zagueiro do Náutico, uma vaga na seleção pernambucana. “Foi uma luta bonita. Bria terminou jogando na seleção.”

Outro que não escondia a sua tristeza foi o ex-lateral Baixa. “Eu inicei minha carreira no Sport e Bria me ajudou muito. Guardo boas lembranças de um homem que foi um exemplo fora e dentro de campo.”

Acompanharam o enterro Rodolfo Albuquerque e Clélio Falcão, conselheiros do Sport, e os ex–jogadores Mourão, Índio, Pinheirense, Dario Souza, Breno, Ilo, Dario, Ney Pavão, Djalma, e Antonio Carlos, Zé Maria (Sport), Hélmiton (Náutico/Sport), Givaldo (Náutico), Zé Maria (Santa/ Cruz e Náutico) e Paraíba, ex-Santa Cruz, amigo de Bria, que chorou copiosamente quando o caixão saiu para o túmulo.