Resposabilidade das ‘estrelas’ aumenta

O primeiro dia de trabalho do técnico Edinho Nazareth, na Ilha do Retiro, teve como destaque longas conversas com o grupo. Ainda no vestiário, longe da imprensa e respaldado pela direção, ele falou de maneira franca com os jogadores, mostrando não tolerar qualquer tipo de moleza dos atletas, que têm apresentado um rendimento abaixo do esperado. Na hora de escalar o time principal, no primeiro coletivo como técnico rubro-negro, optou por acionar os jogadores contratados a peso de ouro, cujos salários fazem jus à responsabilidade de conquistar, pelo menos, a vaga nas semifinais da Série B – o time tem de conseguir cinco vitórias para passar de fase.

Não que Edinho tenha mexido muito na estrutura montada pelo seu antecessor, Zé Teodoro. Mas algumas “apostas”, como o lateral-direito Marcos Tamandaré e o volante Felipe foram preteridas para a entrada de Russo e Marcus Vinícius, respectivamente. Um exemplo claro de que, principalmente os jogadores mais caros e experientes, serão forçados a mostrar valor.

O zagueiro Baggio é uma exceção. Ele permanece no time, porque Leo Oliveira não está bem fisicamente. A partida contra o Náutico marcará a estréia de outro “medalhão”, o atacante Marco Antônio. Ele jogará ao lado do ainda inexperiente Rodriguinho, que ganhou definitivamente a vaga por causa da saída de Adriano Chuva – Vinícius, fora de forma, está recuperado de uma contusão na panturrilha esquerda.

A principal meta de Edinho, no início dos trabalhos, é tranqüilizar os atletas. Pelo que viu, deduziu que o Sport está muito aquém de onde pode chegar. “O primeiro encontro com os atletas foi acima do esperado. Vi que podemos chegar longe na competição. Agora é dar um pouquinho mais. Vi qualidade no time, mas temos de dar uma resposta mais forte. Acho que eles entenderam bem isso”, analisou.