Marco Antônio troca a Cobrinha pelo Leão

Não é bem a bomba que a torcida esperava, mas o Sport anunciou, ontem, o atacante Marco Antônio, que atuou pelo Santa Cruz, no Campeonato Pernambucano de 2005, e foi destaque marcando oito gols. Ultimamente, ele estava na Coréia do Sul. Segundo informações da supervisão de futebol, o horário de chegada do vôo do atleta é 23h50 de hoje. Metade dos direitos federativos de Marco Antônio foram comprados pelo clube por R$ 200 mil. Ele recebeu R$ 40 mil de luvas, à vista.

Outro Marco Antônio, o meia do São Paulo, deve ser anunciado oficialmente sexta-feira, segundo informações de bastidores. Quinta, o meia deve aparecer no banco de reservas do tricolor paulista, no jogo contra o Atlético-PR, que indicará o campeão da Copa Libertadores das Américas 2005. O diretor de futebol do Sport, Marcos Amaral, nega: “Tentamos mais uma vez trazê-lo, e não conseguimos. Ele não vem mais.”


O anúncio do nome do atacante Marco Antônio foi cercado de muita cautela. O próprio atleta, ao ser contatado pela reportagem do Jornal do Commercio, garantiu não estar sabendo dos acertos finais da sua negociação. Ele esperava um telefonema do seu empresário, o alagoano João Feijó, confirmando o ingresso no Sport. Até as 18h30, ainda não o tinha recebido.


“Com o jogador e o Sport está tudo acertado. Só faltam os detalhes do contrato”, reconheceu Marcos Amaral, sem oficializar a vinda do centroavante. Até o técnico Zé Teodoro, um dos maiores beneficiados com a contratação, evitou euforia, e foi evasivo ao comentar o assunto. “O certo é que as contratações sejam oficializadas pela direção. Mas qualquer técnico gostaria de tê-lo no elenco”, despistou Teodoro.


Antes de acertar com o Sport, Marco Antônio esteve prestes a bater o martelo com o Santa Cruz. Mas os rubro-negros melaram a transação, oferecendo quase o dobro do salário – em torno de R$ 30 mil. Talvez por isso, a direção leonina esteja com receio de anunciá-lo, efetivamentente, antes que o mesmo esteja no Recife.


O atleta, após tomar conhecimento de que sua passagem estava sendo enviada, pela supervisão de futebol rubro-negra, não se furtou a conversar com o JC. Falou com tranqüilidade, já como jogador do Sport “A expectativa é muito grande de voltar ao futebol pernambucano. Fico muito honrado de ter passado pelos três grandes clubes do Recife (em 99, pelo Náutico, em 2005, pelo Santa Cruz)”, afirmou o atleta.


Segundo ele, a frustração dos rubro-negros de não terem conquistado o Campeonato Pernambucano 2005, no ano do centenário do clube, aumenta a sua responsabilidade como atleta. “Penso que terei de chegar e resolver a situação do time. Só posso fazer isso marcando os gols”, afirmou ele, que está há 10 dias sem treinar, desde que voltou da Coréia. “Por isso, preciso de uma semana para me condicionar”, reconhece.


A experiência no futebol asiático não foi agradável, segundo Marco Antônio. Logo após se apresentar, sofreu contusões nas duas panturrilhas. “Quando melhorei, entrei no primeiro time. Não fiz gols. Eles dependem muito dos brasileiros. Fui obrigado a treinar no time B, e não aceitei. Queria pegar ritmo no grupo principal. Além disso, eles não pagaram tudo que prometeram”, esclareceu o jogador.