Lesões perseguem o Sport em 2005

Se o time do Sport não repetiu a escalação sequer uma vez na edição atual do Campeonato Brasileiro da Série B, grande parte disso aconteceu por culpa das seguidas contusões que aconteceram na Ilha do Retiro nesta temporada. Para ser ter uma idéia, os médicos rubro-negros, neste ano, tiveram que fazer três intervenções cirúrgicas em diferentes atletas. Além disso, mais três jogadores passaram bastante tempo de molho por conta de fraturas ocorridas nos treinamentos ou durante um jogo.

Afora as contusões mais graves, outras mais leves causaram grandes transtornos para os três técnicos que dirigiram a equipe antes da chegada de Edinho Nazareth. Somente na Segunda Divisão, Vinícius, Russo, Sérgio, Léo Oliveira, Marquinhos, Fabiano Gadelha, Ramalho e Sandro ficaram de fora de algum confronto por conta de uma lesão muscular. Como se não bastasse tudo isso, ainda houve o caso do volante Geraldo, que passou quase dois meses afastado do elenco por conta de uma hepatite.

O caso mais grave foi o de Possato. O lateral-esquerdo sofreu uma fratura no perônio da perna direita ainda na quinta rodada do Primeiro Turno do Campeonato Pernambucano da Série A1. A cirurgia foi feita uma semana depois e ele só voltou a ser relacionado para uma partida na 14ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, quase seis meses depois. As outras duas operações foram feitas nos zagueiros Romildo e Léo Oliveira. Ambos passaram por artroscopia no joelho direito.

Uma partida depois de Possato sofrer a contusão, foi a vez de Lúcio fissurar um dos ossos da costela, pelo lado direito. O meia já não está mais no Sport. Durante a Série B, o fantasma voltou a assustar. Vinícius fraturou dois dedos do pé direito, no primeiro terço da competição, e ficou duas partidas de molho. Mais recentemente quem sofreu foi Leanderson. O cabeça-de-área fraturou o peito do pé direito em três lugares. Este último, aliás, ainda está em recuperação e não deve voltar a vestir a camisa do Sport tão cedo.

O médico Stemberg Vasconcelos está trabalhando com os jogadores profissionais desde o início de 2003 e nunca tinha visto algo parecido. “Foi muita gente para o Departamento Médico. Tivemos três cirurgias e um bocado de atletas com lesões musculares. Vários fatores podem ocasionar as contusões deste tipo, como uma sobrecarga física, por exemplo, ou trabalhos coletivos. No grupo, há variações de idade e de predisposição física de um jogador para outro. O ideal era que os trabalhos fossem individualizados. Mas, no futebol, sabemos que na maioria das vezes isso não é possível”, explicou.