O início do segundo tempo do jogo entre Sport e Vila Nova-GO, no sábado, deu uma mostra de quanto a torcida rubor-negra é, em certos momentos, implacável. Ao notar a substituição do atacante Bibi pelo volante Ramalho, feita ainda no vestiário, aplicou uma sonora vaia no técnico Zé Teodoro. Detalhe: naquele momento, o time vencia os goianos por 3×1. O Sport, sem Bibi, manteve o mesmo padrão, e ainda fez mais dois gols. Os atletas, ao fim do combate, saíram em defesa do treinador leonino.
O que poucos torcedores notaram é que, com os três atacantes, a partir dos 30 minutos da primeira etapa, a equipe ficou vulnerável. O Vila Nova aproveitou e fez o seu primeiro gol aos 45 minutos, depois de um contra-ataque em que a defesa rubro-negra ficou no mano a mano com os atacantes adversários.
“Os torcedores têm de entender que existem estratégias. Zé Teodoro optou por entrar com três atacantes, fomos ousados, mas o time estava muito aberto. Era preciso entrar com Ramalho para fechar mais”, explicou o zagueiro Sandro. “Muitas vezes a torcida critica. Mas tudo aquilo foi estudado, debatido antes do jogo. Além disso, o Sport tem um grupo, e não um jogador”, completou o defensor.
Pivô do ensaio de confusão, o atacante Bibi só tomou conhecimento de que iria entrar no jogo momentos antes da partida. Era mais uma chance para o carismático jogador mostrar ao técnico a sua força ofensiva. Ele se mexeu bem, usou da habilidade natural e marcou um belo gol. O primeiro com a camisa do Sport. “Só posso afirmar que fizemos um bom trabalho no primeiro tempo”, disse.
Segundo o baixinho, ele não ficou chateado por ter saído da partida. “O melhor é mostrar capacidade para que o treinador e a torcida tenham confiança em mim”, diz.
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