Torcida esquece os “medalhões” da Ilha

Cansados de medalhões que não brilham, a torcida rubro-negra resolveu apostar nos “carregadores de piano” – aqueles atletas que doam o sangue para os craques aparecerem. O primeiro a cair nas graças foi o atacante Bibi. Ontem, foi a vez do lateral-direito, Marcos Tamandaré, desfrutar da nova fase da ex-exigente galera leonina, e ter seus primeiros minutos de fama. Ao entrar no time titular, no coletivo comandado pelo técnico Zé Teodoro, foi aplaudido pelos “arquibaldos” presentes à Ilha do Retiro.


Se entrar em campo, no Clássico das Multidões, terá pela frente um adversário que enfrentou em duas oportunidades no Pernambucano 2005, quando jogava pelo Porto, de Caruaru. Na segunda partida, um 4×2 para os tricolores, ele deixou sua marca, depois de um belo chute de fora da área, no estádio Carneirão, em Vitória de Santo Antão.


“Estou acostumado com o Santa Cruz. Sei que posso ter a chance de entrar. Existe a expectativa, mas não estou ansioso, porque uma partida como essa merece toda atenção. Qualquer erro pode ser fatal”, afirmou o lateral-direito, que atuava como ala, no Porto. “Se Zé Teodoro optar por mim, estou pronto”, decretou o atleta.


O fato de ter jogado como ala pode significar o passaporte de Tamandaré para assumir a titularidade, vencendo Sérgio e, até agora, o virtual “dono” da posição, Cleiton Xavier. No coletivo, ao substituir Sérgio, outro avaliado pelo treinador, forçou as jogadas de linha de fundo, e tentou lances individuais.


Para Tamandaré, uma vitória sobre o Santa pode dar uma tranqüilidade maior ao time, atualmente ocupando a 10ª posição na classificação da Série B do Campeonato Brasileiro, com oito pontos.