Sem invenções é bem melhor

Por Adelmar Bittencourt*


Na última sexta-feira, minha patroa ficou doente, o que me impediu de ir à gloriosa Ilha do Retiro ver o jogo do Sport contra o Guarani (sim, em primeiro lugar ELA, depois o rubro-negro). Mas tive como olheiro o meu fiel amigo Cabeção que, no dia seguinte, tratou de me deixar a par do que aconteceu. E estas foram as palavras de Cabeça, em tópicos, sobre a partida:


– “Adriano Chuva jogou como nos velhos tempos.”

– “Cleiton Xavier de lateral não dá.”

– “Bibi entrou bem. Merece vaga no time.”

– “Felipe é bom de bola. Ele e Ramalho ali é uma bronca. Quem é que vai encarar dois negões daquele tamanho?”

– “Gadelha é um ótimo jogador, mas é meio displicente”. Isso eu sei, caro Cabeça, pois eu estava no jogo contra o Santo André…

– “O Sport jogou mal mais uma vez. Ganhou na raça e na insistência”.


Claro que essa última frase foi o que me chamou mais atenção. Na verdade, a única boa exibição do Sport neste ano foi na fatídica derrota para o Santo André. Mas se o time pelo menos entra com raça e vontade de vencer, a probabilidade de acontecer um lance como o do gol salvador de Gadelha é bem maior. Só não gosto dessa invenção de 3-5-2, e, para piorar, com Cleiton Xavier de ala! O rapaz é um bom jogador, mas parece desmotivado desde a ascensão de Gadelha.

E, para mim, é hora de acionar um dos trocentos contratados para o ataque no lugar de Vinícius, que teve todas as chances do mundo e não vingou. Rafael Dias, Rodriguinho, Bibi, bota esses caras pra jogar com Chuva e ponto final. Vinícius não dá mais.


Sábado teremos um clássico contra o 2° Maior Time de Pernambuco. Quer mais? Eles fazem boa campanha. Mais? Eles são vice-líderes (ou terceiro lugar, ou o raio que os parta). Pensa que acabou? É na casa deles. E daí? Vamos ganhar do mesmo jeito.