Pênalti é um martírio para os torcedores rubro-negros

Basta o árbitro apontar para a marca da cal, e os leoninos começam a sofrer um misto de angústia e medo. E não é para menos. Nas duas últimas partidas – contra o Ceará e o Vitória-BA –, o time leonino teve três penalidades máximas marcadas a seu favor, e não conseguiu converter nenhuma.

O primeiro a desperdiçar, o que é chamado no futebol de lance de ouro, foi o atacante Vinícius, diante do Ceará. O Sport vencia pelo perigoso placar de 1×0, quando, no segundo tempo, o lateral-direito Sérgio foi derrubado na área. Cobrador oficial, Vinícius, que nos treinamentos tem um aproveitamento muito perto de 100%, não conseguiu marcar. Para a tranqüiilidade da torcida, o Sport conseguiu fazer outros dois tentos, e venceu a partida por 3×0.


Sensação pior sentiu o rubro-negro, anteontem, contra o Vitória-BA. Aos 4 minutos do primeiro tempo, Russo sofreu falta na grande área. O meia Éder cobrou e desperdiçou. O pior estava para acontecer. Aos 47, Cleiton Xavier, teve a chance de cobrar um pênalti e empatar uma partida tida como perdida. Ele desperdiçou ao carimbar a trave, mostrando que em termos de equilíbrio emocional, o elenco rubro-negro está deixando a desejar.


“Eu tenho minha parcela de culpa, mas escolhi o canto em que tenho batido nos treinos. O goleiro (Felipe) deles foi bem no lance e evitou o gol”, justificou Éder, que “coroou” sua atuação, no Barradão, ao ser expulso na metade da etapa inicial.


No pênalti cobrado por Cleiton Xavier, o meia Fabiano Gadelha, que no minuto anterior tinha feito um gol de falta, chegou a pedir para bater. Todavia, Xavier, que treina as cobranças diariamente no clube, não ouviu o companheiro e aceitou a responsabilidade. Resultado: colocou a bola na trave. “Isso só acontece com quem está lá dentro”, minimiza Xavier.