O problema do Sport

Por Adelmar Bittencourt*


Depois do jogo de ontem, quando empatamos com o 2º Maior Time de Pernambuco, cheguei à fatídica conclusão no que diz respeito ao fato de um time tão bom no papel não jogar nem um quinto do que pode. E a conclusão atende pelo nome de Zé Teodoro. Para mim ficou claro que os atletas não têm a menor vontade de correr para um treinador que não mostra o mínimo de segurança econhecimento do riscado.


O caso do supracitado 2° Maior Time de Pernambuco é emblemático. O elenco tem jogadores individualmente medianos, mas que têm um comandante que inspira respeito e confiança. Resultado: correm e fazem questão de mostrar serviço. Por outro lado, colocar um técnico inexperiente e incapaz de dar um grito para comandar macacos-velhos como Sandro, Maizena, Russo, Marquinhos e Vinícius só poder dar nisso: todo mundo manda na equipe, e o resultado é esse que a gente vê aí.


A questão é: se livrar do bonde agora ou deixar para o meio do campeonato, quando é ainda mais difícil reverter uma situação adversa? Infelizmente eu acho que Teodoro deve ficar. Quem deve agir fazendo essa ponte entre ele e os jogadores é a diretoria. São os cartolas que devem deixar claro que os salários estão em dia, que o grupo é forte, entre outras coisas. Trocar de treinador agora seria uma temeridade. É a velha história do “ruim com ele, pior sem ele”.


Mas aí você me vem com um belo argumento: putz, Adelmar, o Sport está em décimo, e se ganhar um ou dois jogos já vai estar em quinto ou sexto. O problema, caros amigos, é que eu não enxergo esse time aí jogando uma bola suficiente para nos alentar. É aquela velha história: o torcedor vai ver o Sport sem saber se o time vai jogar bem ou mal, com raça ou com sono.


Falta constância, e por isso fica difícil fazer prognósticos. É isso, crianças. Amanhã tem o Ceará. É em casa. Dá pra ganhar fácil. Vamos à Ilha e fim de papo.