Maizena não deseja sair do Sport

Com a saída de Nilson do Náutico, a central de boatos foi acionada e atinge até mesmo o goleiro Maizena, do Sport. Fofoqueiros de plantão já começam a especular que o jogador estaria substituindo o preto da camisa rubro-negra pelo branco do padrão alvirrubro. O atleta, entretanto, deixou claro que, apesar de estar sendo aproveitado entre os reservas, continua satisfeito na Ilha do Retiro e só deixa o clube “se a diretoria não quiser a minha permanência”.


Maizena repassou que em seu contrato com o Sport, com duração até 31 de dezembro deste ano, não tem multa rescisória previamente estabelecida. O Parágrafo 3º do Artigo 28 da Lei Pelé, reguladora das relações entre instituições esportivas e atletas, diz que o custo de uma possível rescisão deve ser acordado quando da assinatura entre as partes, podendo chegar a até 100 vezes o montante da remuneração anual do jogador.


Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quando as partes não acertam antecipadamente a multa rescisória, um término prematuro de contrato não sai de graça. Na situação de o empregado decidir pela quebra sem justa causa, o empregador terá direito a receber uma indenização que, de acordo com os Artigos 479 e 480, pode chegar a 50% do que o funcionário teria a receber até o término do acerto. Como Maizena ganha R$ 18 mil e teria de permancer na Praça da Bandeira por mais seis meses, poderia pagar até R$ 54 mil caso desejasse sair clube.


Mesmo que o assédio do Náutico fosse realmente forte, o próprio Maizena decretou sua permanência. “Independente de estar jogando ou no banco de reservas, gosto muito do Sport e pretendo ficar aqui até o final do meu contrato. Tenho intenção, inclusive, de acertar outra renovação. Me dou bem com a diretoria, com a torcida e tenho a confiança da comissão técnica. No momento estou no banco de reservas, mas sei que posso voltar à condição de titular. Isso já aconteceu outras vezes”, disse o arqueiro.


Maizena chegou ao Sport pouco antes do início do Campeonato Brasileiro da Série B de 2002. Permaneceu como reserva de Marcones até o final do ano. No ano seguinte, disputou o Campeonato Pernambucano da Série A1, a Copa do Brasil e a Segunda Divisão como titular. Em 2004, o então técnico Hélio dos Anjos voltou a colocá-lo entre os suplentes. O goleiro reassumiu a titularidade ainda no Estadual, permanecendo assim até a quinta rodada da competição atual.