Bibi ansioso para fazer primeira viagem de avião

Na terça-feira, em uma matéria veiculada pela Rede Globo, teve um gostinho do que é ver o mundo de outro foco. Satisfeito por ter realizado metade de um sonho, espera ansioso ver seu nome na lista dos atletas que irão até Salvador encarar o Vitória-BA, amanhã, no estádio Barradão, às 16h, pela Série B do Campeonato Brasileiro.


Antes mesmo de voar pela primeira vez, Bibi tem conversado com os mais experientes para não fazer feio na sua estréia. Vale tudo para não cair nas pegadinhas dos companheiros. Uma, em especial, ele garante que conhece. “Sei que o lanche do avião não é pago. Não vou cair naquela de pagar o que consumir”, afirmou o atleta, entre risos.


O lateral-esquerdo Possato é o seu “mentor”. Já alertou o “marinheiro de primeira viagem” de que ele está liberado para andar pelo avião, quando o mesmo atingir a velocidade de cruzeiro, além de conversar, um dos passatempos prediletos do baixinho.


E se acontecer turbulência, quando o avião balança em pleno ar, como se fosse um carro trafegando numa rua cheia de buracos, só que a 800km/h? Ele tem a resposta na ponta da língua. “Aí encostarei na poltrona, fecharei os olhos e começarei a rezar para Deus iluminar a nossa ida e a nossa volta”, afirmou.


Para Bibi, a vontade de viajar de avião só crescia por causa dos comentários dos atletas mais acostumados, o que o deixava um pouco fora do assunto porque ainda não passou pela mesma experiência.


“Russo diz sempre que já não agüenta tanto vôo, tanta escala. E eu não tenho a mínima idéia do que ele fala”, relata. “Acho que nunca vou reclamar. Até porque preciso pegar pelo menos uns três vôos para poder me acostumar”, diz.


A viagem de avião, segundo Bibi, vai ser mais tranqüila que a de helicóptero. “No helicóptero, balancei muito e fiquei um pouco nervoso, mas é natural”, diz o “empolgado”, como os atletas estão chamando o atacante, após seu pouso triunfal, no campo auxiliar da Ilha do Retiro. “Só Romário, Edmundo e Bibi chegam ao treino assim”, brincou o meia Fabiano Gadelha.


A viagem mais longa do jogador, com passagem por equipes intermediárias do Estado – Recife e Ypiranga – , foi a Petrolina, no Sertão de Pernambuco. “As equipes nunca disputaram competições em que fossem necessárias viagens de avião. Por isso, minha vontade é grande. Ainda mais com todo mundo falando”, revela.


Para ele, só se firmando no Sport poderá se dar ao luxo, algum dia, de enjoar das viagens aéreas. “Espero que essa seja a primeira de muitas”, encerra.