Sport joga pela reabilitação

De goleiro novo – Magrão desbancou Maizena –, o Sport tenta se reabilitar na Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje, às 20h30, na Ilha do Retiro, pela sexta rodada, o Leão enfrenta o Guarani de Campinas-SP, tendo a obrigação de vencer para fugir da zona de rebaixamento da competição, na qual ocupa a 18ª posição, com parcos cinco pontos.

Magrão afirma estar pronto, e, pelo menos parte da torcida, diz que vai jogar com ele. Uma faixa com os seguintes dizeres: “Força Magrão, goleiro paredão!”, vai ser aberta dentro do estádio.

O primeiro passo para vencer o Guarani foi dado ontem. Um dia depois de ter evitado a imprensa, por ter sido afastado do time, Maizena conversou normalmente com os jornalistas. Não negou ter ficado surpreso com a atitude de Zé Teodoro, mas garante não ter a mínima vontade de ser o pivô de uma crise no Sport. “Agora é a hora de ajudar. Chegaram a me perguntar se queria ficar de fora da partida. Disse que não. Vou dar minha parcela de contribuição, junto do grupo”, afirmou.

Por tudo o que fez pelo Sport, Maizena afirmou ter ficado muito sentido. Argumenta que teve muito mais acertos do que erros, desde o início de 2003, quando assumiu a titularidade. Ele até admite alguns erros, nas últimas partidas, mas não se sente culpado de nada. “No futebol, quando se erra, erra o time todo. Mas tem uma hora que é preciso mudar. Quem sabe se não há uma melhora? Magrão não tem nada a ver com isso, e vou dar-lhe todo o meu apoio”, disse.

Há mais de um mês sem participar de um jogo profissional – ele disputou o Paulistão 2005 pelo Santo André –, Magrão afirmou que a falta de ritmo não atrapalha. E, apesar de tímido, mostra-se confiante e tranqüilo. “Tem muita gente que não me conhece, mas estou confiante e conheço bem o meu potencial. A intenção é fazer um bom trabalho e mostrar que posso defender o Sport”, afirmou o novo titular do arco leonino, 28 anos.

O maior receio da torcida e da imprensa diz respeito ao fato de o goleiro não ter um currículo recheado. Em resposta, Magrão lembrou que em qualquer profissão – e a de goleiro, claro, está incluída – é necessária a construção de um nome, aos poucos. “Se um repórter daqui chega em São Paulo, não vai ser conhecido. Mas, com o tempo, e capacidade, ele vai se firmar”, compara. “Chegou a oportunidade e vou fazer de tudo para conquistá-la.”