Recife parou para ver a Nação passar

E não é que o Recife parou mesmo! A carreata comemorativa do Centenário do Sport denominada “O Recife vai parar” abriu o último dia oficial de festividade do time da Praça da Bandeira. Cinco trios elétricos, vários caminhões e dezenas de carros saíram com uma hora de atraso, do Castelinho, na avenida Boa Viagem, em direção a casa de todos os rubro-negros, a Ilha do Retiro.


Depois de uma semana inteira de comemorações, rubro-negros não mostravam sintomas de cansaço. “Minha família torce para o Sport desde 1925. E honrando a nossa tradição não podíamos deixar de comemorar bastante essa data”, disse Francisco Ferreira.


Durante o percurso em Boa Viagem o clima mudou muito. Mas isso não foi suficiente para afastar os torcedores. “Estou preparado para tudo. Coloquei essa coberta no meu carro já pensando na chuva”, explicou Décio Batista. Os veículos iam passando e a alegria contagiando todos que estavam nas varandas dos prédios em Boa Viagem. Mas está enganado quem pensa que só participou quem tinha carro. O biométrico Geraldo Matos acompanhou tudo com a sua “burrinha”. “Eu tenho ela há 15 anos e nesse ano coloquei nela a roupa do Sport para comemorar os 100 anos”, disse Matos.


Já dizia o bom rubro-negro: “Pelo Sport tudo”. E foi pensando nessa frase que Fabiana e Marcos Santiago foram para a festa junto com seus filhos (Henrique, Alexandre e Marcos) para carreata. A separação no casamento não foi suficiente para acabar a paixão de ambos pelo Leão. “Nessa hora nada importa. Pelo Sport eu faço tudo mesmo”, afirmou Marcos. “Eu trouxe para as crianças muita água, refrigerante, comida e até água para tomar banho”, detalhou Fabiana.


“Não são todos que completam 100 anos. Essa festa está muito linda, a altura do Leão”, disse Ivaldo Firmino dos Santos, 60 anos, mais conhecido como Zé do Rádio. Ele, que é um torcedor símbolo do clube, foi para o evento e ainda levou toda a sua família. “O Sport está de parabéns pela linda festa que fez durante toda a semana”, disse a sua filha, Deolany Barkokebas.


Depois de quase quatro horas de festa, foi ao som de “Chegando lá na Ilha do Retiro…” que os torcedores chegaram na rua Sport Club do Recife, para formar um imenso mar vermelho e preto em frente a sede.