No vestiário, agradecimentos e lamentações

Antes de mais nada, ao conceder a entrevista coletiva de praxe, o técnico Zé Teodoro pediu um espaço, ontem, para agradecer ao torcedor leonino. Para ele, os rubro-negros que compareceram em massa, à Ilha do Retiro, ajudaram, e muito, a equipe, apesar do amargo resultado – 1×2 – contra o Santo André-SP. Quando o técnico falou dos acertos e pecados do seu time, a parte mais difícil da conversa com a imprensa, lamentou as oportunidades desperdiçadas e os erros que culminaram nos dois gols do adversário.

Aliás, o treinador afirmou estar tranqüilo. É como se o resultado negativo não o tivesse abalado emocionalmente. “Pior é quando se perde uma partida jogando mal. Pecamos por não ter matado o jogo ainda no primeiro tempo”, afirmou. Segundo Zé Teodoro, o Sport mostrou evolução. “Não adianta se desesperar. É preciso ter equilíbrio nessa hora. Vamos alcançar o nosso objetivo de estar entre os oito primeiros da fase inicial da Série B”, disse.

Uma das principais perguntas feitas pelo repórteres foi sobre a entrada do atacante Adriano Chuva, na metade do segundo tempo, que pareceu uma atitude precipitada do treinador. O jogador, que há quatro meses não entrava em campo, mostrou estar bem distante de sua melhor forma. No banco, Zé Teodoro tinha outras opções, como Cleiton Xavier e Lúcio, que sequer entraram na partida.

“Coloquei Chuva para ele entrar no ambiente da equipe e segurar a bola na frente. Já estava programada a entrada dele. É um jogador que tem muita presença de área. As modificações são na intenção de melhorar a equipe, mas nem sempre isso acontece”, afirmou.

Indagado se o ataque é ainda a sua maior dor de cabeça, o técnico saiu com um discurso otimista. Para ele, com o meio-de-campo mais compacto, os centroavantes receberão mais bolas, e, conseqüentemente, poderão deslanchar. “Tudo é uma questão de tempo”, diz.

Adriano Chuva, por sua vez, afirmou que tentou o possível para fazer o gol e elaborar as jogadas. E garantiu: tendo mais esta semana de treino, até jogo de domingo, contra o Ituano, em Itu, São Paulo, vai estar bem melhor fisicamente. “É certo que não cheguei nem perto do que posso render”, disse o ex-jogador do Palmeiras. Sobre o Ituano, afirmou que todos os times paulistas são fortes. “Eles investiram muito. Vai ser difícil vencê-los, mas não é impossível”, declarou.

Alheio à toda essa discussão, o meia Fabiano Gadelha foi o alvo preferido dos jornalistas. Aos 40 minutos do segundo tempo, tentou sair jogando na área rubro-negra, e perdeu o lance, culminando no gol de Rodrigão – o da vitória do Santo André.

Curiosamente, Gadelha era o melhor jogador da partida. Não só ajudou na marcação, como em muitos momentos levou o time ao ataque e armou boas jogadas com perigo iminente de gol. “Futebol tem dessas coisas. Mas o nosso grupo está fechado. Os atletas não me culparam. Aqui no Sport, quando se ganha, ganham todos. Quando se perde, também perdem todos”, afirmou.

Segundo ele, se o Sport tivesse marcado as oportunidades criadas, a história da partida seria bem diferente.