Festa com final infeliz

Dois erros capitais, e o que deveria ser uma tarde de festa transformou-se num triste desfecho das comemorações do centenário rubro-negro. Na Ilha do Retiro, o Sport perdeu por 2×1, para o Santo André, que não teve pena de acabar com a festa de mais de 27 mil torcedores presentes no estádio. No primeiro vacilo, Brasília marcou contra. O Sport empatou com Rinaldo, mas, no fim da partida, Fabiano Gadelha tentou sair driblando na área, perdeu a bola e Rodrigão virou o jogo. O resultado deixa o Sport na 12ª posição, na Série B.

O próximo encontro do Sport não será menos difícil. O time da Ilha vai até a cidade de Itu, em São Paulo, enfrentar o Ituano, domingo. Para essa partida, o Sport poderá contar com o volante Ramalho, que cumpriu suspensão automática por expulsão.

O Sport começou o jogo nervoso contra um Santo André equilibrado. Mas, aos poucos, apoiado pela torcida, foi se encontrando em campo. Aliás, os donos da casa fizeram o seu melhor primeiro tempo na Série B. Mesmo tendo pela frente uma equipe que marcou com eficiência, os atletas leoninos tentaram jogadas em velocidade, movimentaram-se bem e criaram boas chances de gol.

Logo aos 30 segundos, Gadelha lançou Brasília na área. Ele ganhou da zaga, e perdeu um gol incrível, ao chutar em cima do goleiro Júlio César. Foi o Santo André, aos 16 minutos, que abriu o marcador, num lance de sorte. O meia Richarlysson cobrou um escanteio, a bola tocou no pé do atacante Brasília, e foi parar dentro da barra de Maizena. Exímios nas jogadas aéreas, os paulistas só acertaram a jogada essa vez.

O gol de empate não tardou. Aos 20, em mais um lance de velocidade, Brasília penetrou na área, driblou dois atletas adversários, e chutou forte. No rebote de Júlio César, Leanderson tentou tocar para dentro, mas o zagueiro Dedimar tirou a bola pouco depois da linha do gol. Bem colocado, coube a Rinaldo tocar definitivamente a bola para a meta e correr para o abraço.

O Santo André sentiu o golpe, procurou esperar os donos da casa no seu campo de defesa e partir nos contra-ataques. O Sport foi para cima. Mas, ao deparar-se com um bloqueio do forte adversário, tentava os chutes de longa distância, que geralmente não davam em nada.

Ao voltar do intervalo, o Sport parecia que ia impor uma pressão mais forte no Santo André. Logo, no entanto, os atletas esfriaram e adotaram a tática de atrair o inimigo para ter mais espaços, a fim de criar as oportunidades de gol.

Aos 8, após uma bobeira de Marquinhos, Leandrinho quase marca. Maizena, atento, defendeu o chute cruzado. A resposta do Sport foi rápida, através de Gadelha, que por muito pouco não marcou o segundo gol, depois de um chute de fora da área. Os dois lances seguintes do Leão, porém, foram de parar a respiração. Aos 12, Rinaldo escorou um cruzamento, de cabeça, mas Júlio César defendeu milagrosamente. Aos 25, Brasília arrancou pela esquerda, entrou na área, e chutou forte. A bola bateu na trave.

Aos 37, foi a vez de Éder recebeu uma bola “açucarada” na entrada da área, mas sua finalização foi em cima do goleiro.

Aos 40, o Sport foi penalizado por não transformar em gols as oportunidades criadas. Marquinhos não conseguiu parar Macanaqui, que penetrou na área, perigosamente, mas foi desarmado. A bola sobrou para Gadelha, que tentou driblar e perdendo o lance. A seguir, por ironia do destino, a pelota sobrou para Rodrigão, depois de um bate rebate sem fim. O jogador paulista emendou um chute certeiro, no canto esquerdo, sem defesa para Maizena.

No finzinho, Brasília, cobrando falta, tocou para Marquinhos chutar em cima da marcação. Era tarde. Ao apito final, metade dos torcedores aplaudiu e a outra metade vaiou a equipe.