Esquenta a briga por vaga no meio-campo

O time do Sport que jogará contra o CRB, domingo, em Maceió, pela terceira rodada da Série B 2005, começou a tomar formas, ontem, num treino comandado pelo técnico Zé Teodoro, na Ilha do Retiro. Nas movimentações, sentiu-se a falta de dois atletas: Ramalho, poupado por causa de uma leve entorse no tornozelo esquerdo, e Vinícius – que estava em Belém, no Pará, resolvendo problemas particulares. O treinador deixou antever nas entrelinhas que os dois atletas, se mostrarem condições físicas favoráveis, dificilmente ficarão de fora.

Hoje, ambos treinam com o resto do elenco. A briga por um lugar no time deve ser no meio-de-campo. Para o setor, Zé Teodoro dispõe de quatro atletas, e apenas duas vagas. “Digladiam-se” os meias Lúcio – cumpriu suspensão automática –, Cleiton Xavier, Fabiano Gadelha e Éder.

Pelo que se viu ontem, Xavier e Éder saem na frente na disputa, até mesmo porque os dois foram titulares na vitória sobre o União Barbarense (2×0), na rodada passada. “Como fiquei de fora, por expulsão, saio atrás na briga”, avalia Lúcio. “Mas isso é gostoso. É interessante ter bons meias no time, para que o atleta não se acomode. Se fosse treinador, ia querer ter muitos jogadores de qualidade na equipe”, diz.

Outro que corre atrás de uma vaga entre os titulares, Gadelha tem como foco trabalhar forte para fazer parte do seleto grupo que inicia as partidas. Para ele, um trunfo escondido nas mangas é justamente o fato de ser bom no apoio e na marcação. “Com o passar dos anos, vi que era interessante saber marcar. O futebol moderno pede isso”, diz.

Na partida contra o União, ele entrou no meio do primeiro tempo, no lugar do volante Leanderson, que se sentiu mal, e não decepcionou. Com boas arrancadas e distribuindo bem as jogadas, acendeu ao time. “Quando você recebe a oportunidade, tem de agarrá-la. Eu estou preparado, mesmo sabendo que o Sport tem jogadores de qualidade e conhecidos nacionalmente”, diz.

Cleiton Xavier parece ser o meia mais a perigo. Por outro lado, Éder, a cada dia torna-se mais dono da camisa 10. De acordo com Xavier, a receita para continuar como titular é se doar mais. Qual o seu diferencial para continuar firme na posição? “Costumo dar um gás a mais no final das partidas, mesmo cansado”, revela. “Mas, independentemente do escolhido, o foco principal tem de ser o Sport”, diz.

Xavier foi um dos meias mais importantes do Sport, no início da temporada. Impressionou à torcida e ao então técnico da equipe, Adílson Batista. A partir do último jogo do Campeonato Pernambucano, contra o Manchete, não repetiu mais suas belas atuações.