Éder e Gadelha são destaques no Leão

A apresentação do Sport, no último sábado, diante do União Barbarense, mostrou que o time ainda tem muito a evoluir, sob o comando do técnico Zé Teodoro. Mesmo tendo os rubro-negros vencido o encontro, por 2×0. Uma coisa, porém, não se discute. O embate contra os paulistas apresentou dois atletas com potencial para ajudar o time na caminhada rumo à Série A, no próximo ano: os meias Fabiano Gadelha e o recém-contratado Éder.

Não que os dois tenham praticado um futebol de outro mundo. Mas o empenho de ambos foi determinante para o time vencer, na Ilha do Retiro. Num chute a gol de Gadelha, aos 17 minutos do 2º tempo, surgiu o pênalti convertido pelo atacante Rinaldo. Éder, aos 39, recebeu a bola na entrada da área, e arrematou forte, sem defesa, fazendo o segundo tento.

Gadelha, por exemplo, foi a faísca que faltava para acender o time no segundo tempo, levando a bola para o ataque, coisa que Cleiton Xavier, mais entrosado com os titulares, não conseguiu. “Quando a gente entra no jogo, como eu, tem de dar tudo para mostrar qualidade”, comentou o atleta, de 26 anos, forjado nas categorias de base do Sport, mas contratado cinco anos depois junto ao Rio Branco-SP.

Talvez não seja no jogo com o CRB, domingo, em Maceió, mas Gadelha tem boas chances de tomar a vaga de Cleiton Xavier, no decorrer da competição. Xavier, desde encerrado o Campeonato Pernambucano, ainda não conseguiu repetir o mesmo futebol inteligente de outrora. Lento e sem iniciativa, pode estar dando a “desculpa” que Zé Teodoro quer para efetivar Gadelha.

Outro que entrou definitivamente pela batalha no meio-de-campo rubro-negro foi Éder. Bom para Zé Teodoro, que vai ter opções de qualidade para montar o time – Lúcio, por exemplo, cumpriu suspensão automática, e está na briga.

Éder caiu nas graças do torcedor, apesar de ter feito uma partida de recuperação. Iniciou pouco à vontade no ataque, mas quando foi recuado para a meia-cancha, mostrou um leque variado de jogadas. “Quando voltei para pegar a bola e distribuir as jogadas, que é como gosto de jogar, melhorei. No primeiro tempo estava mais preso”, diz. “Ter estreado com um gol foi importante”, comenta.

Sobre o gol, faz uma revelação. Estava com a bola no pé, quando escutou um grito: Chuta! Era Cleiton Xavier, dando quase uma ordem para que arrematasse. “Deu certo. Quando ele gritou, eu chutei. E marquei”, diz.