Zé Teodoro e seus desafios no Sport

No papel, os atletas do Sport formam um bom time. Mas depois da fracassada campanha no Pernambucano 2005, o grupo perdeu crédito junto aos torcedores. Ganhou a fama de derrubar treinadores e começou a sofrer de um perigoso baixo-astral. Para colocar tudo no lugar, fazer o time mostrar futebol e ainda vencer a Série B, foi convidado o técnico Zé Teodoro. Ele aceitou o desafio.


Zé Teodoro aportou no clube com o pé atrás. Afinal, procurou se informar e viu que tinha em mãos um grupo difícil de lidar. A primeira medida: Cleisson, um dos ídolos do elenco, foi dispensado. Ele é tido como um dos culpados pela saída do antecessor, Adílson Batista. Como agir para não cair na mesma armadilha? “Ser profissional. Ter moral não é gritar com os jogadores”, explica ele, possuidor de uma experiência, como atleta, de 20 anos.


É assim que Zé Teodoro tenta trazer o grupo para o seu lado. Nos erros, ele berra, para quem quiser ouvir. Nos acertos, o afago também é generoso. “Muito bem, Vinícius. É na área que você é o matador. Tem de ficar aí para fazer os gols”, vibra o treinador, em mais um tento marcado pelo centroavante, seja num coletivo, seja numa movimentação corriqueira de finalização.


Ao escalar o time para o jogo de ontem, fez questão de não mexer na estrutura vinda do Campeonato Pernambucano do ano do centenário. A intenção é dar confiança aos titulares – outros sete se foram ao término do Estadual. “No futebol, aos poucos, os jogadores vão acreditar em mim, e eu neles. Quero fazer do Sport uma família”, comenta.