Meia vai jogar pela primeira vez fora de São Paulo

Para Eder, jogar no Nordeste é um desafio. É a primeira vez que ele deixa o futebol paulista de lado, no qual jogou pelo Guarani, Portuguesa de Desportos e São Caetano. No início das negociações, para se ter uma idéia, a mulher dele, Sandra, chegou a pedir para o meia continuar em São Paulo, atrasando um pouco os entendimentos com o Leão.


“Conversamos muito. O Sport é um clube que dá visibilidade, porque tem uma torcida grande. Minha família toda aceitou, até mesmo para mudarmos um pouco de ares”, diz. “Já deu até para sentir o calor da cidade. E eu gostei muito disso”, reconhece.


Eder também é conhecido, entre os companheiros, como “chuta-chuta”. O apelido, explica Zé Teodoro, é um reflexo da maneira de ele se comportar em campo. “Se existir uma brecha para ele chutar, ele chuta”, entrega.


Ele também é chamado de “Eder Louco”. Irrequieto, recebeu a alcunha porque, dentro de campo, muitas vezes, costuma buscar o jogo no seu campo de defesa. “Isso quem fala são os meus amigos do Marília. Mas quem colocou o apelido foi Romildo”, afirma, apontando para o zagueiro, outro ex-Marília, no Sport desde o fim do ano passado.


Se adora finalizar, Eder diz não ter ganância na hora de servir aos companheiros. “Costumo dar a bola para aquele que estiver melhor colocado”, diz. “Mas a intensão é fazer um jogo solto, sempre de olho no que o treinador pedir.”


No pulso, o meia-esquerda carrega uma letra “S” tatuada, homenagem à mulher, Sandra. Coincidentemente, o “S” é a primeira letra do clube rubro-negro. “Já é uma maneira de comemorar. Se eu fizer o gol, colocarei a mão virada na testa (gesto criado pelo atacante Ronaldo “Fenômeno”, para a sua mulher, Daniela Cicarelli), em homenagem ao meu novo clube”, encerra.