VERGONHA – Explicações ridículas e suspensão patética

A Comissão de Arbitragem da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) decidiu, ontem à tarde, suspender por tempo indeterminado o árbitro Antônio André e o assistente Irani Pinto, ambos integrantes do quadro de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após analisar o videoteipe da partida entre Náutico e Sport, anteontem, nos Aflitos, que terminou com a vitória alvirrubra por 4×2. O lance crucial para a punição de ambos foi o que originou o segundo gol timbu, marcado por Kuki, que estava em posição de impedimento. Para piorar, o árbitro estava de costas e não autorizou a cobrança da falta, na intermediária rubro-negra, que deu início à jogada do gol.

“As bolas no meio-de-campo não precisam ser autorizadas. Estar de costas para a jogada não invalida o lance. Quando vi o assistente (Irani Pinto) correndo normalmente, acreditei que não havia problemas na jogada”, explicou Antônio André. Sobre o impedimento de Kuki, ele se eximiu de qualquer responsabilidade. “Vi na televisão, depois da partida, que o jogador do Náutico estava impedido. Mas aí não é comigo”.

Antônio André acredita não ter influenciado no resultado, mesmo depois de sua falha, que causou o empate por 2×2, e que causou a confusão e, conseqüentemente, as expulsões. “O Sport não perdeu por minha causa”, disse.

Para o assistente Irani Pinto, faltou sincronia entre ele e o árbitro. No lance, o assistente estava anotando – assim como Antônio André – a punição do lateral-direito do Sport Sérgio, que havia recebido cartão amarelo.

“Quando reparei, o jogo já havia recomeçado. Eu deveria ter marcado o impedimento e Antônio André deveria ter mandado a jogada voltar. Não foi a primeira e nem será a última vez que houve erro de arbitragem”, comentou.

Antônio André e Irani Pinto vão se juntar na “geladeira da FPF” aos árbitros Carlos Costa e Ted Williams e ao assistente Júlio César Bezerra – os últimos dois, punidos no dia 14 de fevereiro, depois do empate entre Náutico e Porto, por 1×1, nos Aflitos. O lance capital foi a não-marcação de um pênalti para os alvirrubros, no final da partida.

O assistente Júlio César Bezerra foi suspenso por quatro rodadas. Assim, deveria ter voltado aos gramados na quarta rodada do returno, no dia 13 de março. Mas por decisão da Comissão de Arbitragem da FPF, ele continua suspenso.

Carlos Costa foi suspenso por ter prejudicado a atuação de Cláudio Mercante no clássico entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro, pela quinta rodada do returno. Atuando como árbitro reserva, deu informação errada, garantindo que o volante do Sport Cleisson já havia recebido cartão amarelo. Na verdade, o anterior havia sido dado a Ramalho.