Leão no Lance! – Lambanças no Clássico

Quando foi noticiado que o zagueiro Léo Oliveira não participaria do clássico, a torcida ficou de orelha em pé: Como Adilson Batista montaria o time? Quem substituiria Léo Oliveria que vinha tendo um papel fundamental no esquema do técnico e na proteção do arco rubro-negro. Eis que veio a notícia que o substituto seria Dão, jovem zagueiro que não jogava como titular do Sport desde aquela fatídica derrota para o Marília onde levamos 7 gols e entraríamos com três cabeças de área. Mas era esperar para ver, afinal todos nós erramos e somos capazes também de nos recuperarmos à altura. Vamos ao jogo.


O Sport começou afoito no jogo com Rinaldo mandando uma bola no travessão do Santa em bela jogada logo aos 4 minutos. O Santa responde aos 6 em chute de Andrade que passa perto do gol de Maisena. 9 minutos Vinicíus bate uma falta que passa raspando a meta de Cléber. O jogo fica cada vez mais disputado e Marco Antônio cabeceia  pra fora do gol de Maizena e logo depois o “paredão” rubro-negro espalma um chute de Andrade em cobrança de falta.


Sandro tenta o gol em bola de escanteio e quase marca. Aí o que jamais poderia acontecer, aos 44 minutos em um clássico dessa importância, aconteceu. Russo perde uma bola de maneira irresponsável e Paulinho parte com a bola dominada, Dão derruba Paulinho. Pênalti marcado por Cláudio Mercante. Zada bate e faz o primeiro gol do Santa. No lance Dão é expulso de campo e como diz o ditado: Além da queda o coice.


No intervalo Adilson faz duas alterações, tira Vinícius para a entrada de Lúcio e saca Russo e põe Sérgio. Quando o jogo começa Lúcio arrisca de longe pra fora e aos 9 Sandro bate uma falta para uma grande defesa de Cléber, o Santa mesmo com um a mais consegue barrar as investidas leoninas. O Sport não tem mais o homem que é referência de área e fica ainda mais confuso. Sandro novamente pega sobra no escanteio e novamente Cléber defende. Adilson Batista saca Sandro coloca Aleluia, recua Ramalho e Cleisson e tenta abafar o jogo, mas o Santa joga com inteligência e Rosenblik mete uma bola na trave quase no final da partida e foi só, um péssimo resultado para um time que agora depende de resultados pouco prováveis de acontecer.


Sou categórico em afirmar que o time foi mal armado, O Sport não poderia entrar tão precavido, logo com três cabeças de área, dentre os quais um armando jogadas como é o caso de Cleisson. O jogo com o Serrano já tinha mostrado que esse tipo de formação não tinha surtido efeito e o Leão teve sérias dificuldades no jogo de Serra Talhada, vai que novamente o mesmo esquema e montado e mais uma vez dá errado e com o agravante de ainda termos um zagueiro imaturo, muito nervoso, como é o caso de Dão e que ainda por cima teve um “presente de grego” dado por Russo quando perde uma bola daquela maneira o que ocasionou um pênalti e sua própria expulsão.


As alterações foram equivocadas demais, tirar Vinícius foi a pior delas, pois com a entrada de Sérgio que conseguiu cruzar no mínimo umas três bolas, mas onde estava a referência de área? O Sport jogava com um domínio no meio campo que era notório, mas não tinha quem brigasse com a zaga dentro da área, resultado, o time envolvia não  tinha poder nenhum de fogo, um falso domínio que chegava a ser irritante tanto que a posse da bola do Sport foi no mínimo 30% a mais que a do Santa, mas este chegava na área com apenas três ou quatro toques na bola. Russo mesmo irresponsável como foi no lance é muito melhor jogador que Fabinho, que nem conseguiu dominar uma bola no primeiro tempo em que entraria sozinho frente a frente com Cléber, enrolou-se com as próprias pernas.


A saída de Sandro foi uma das coisas mais esquisitas que já vi, tudo bem que o capitão tava nervoso, isso porque corre sangue verdadeiramente rubro-negro em sua veias, mas ele não foge do “pau” e foi ele o atacante mais perigoso do Sport no segundo tempo de partida, mesmo também já tendo amarelo e estando fora do próximo jogo e também Ramalho dando conta do recado, mas até as cobranças de falta nós agora não tínhamos mais. Acho que foi muita pisada de bola, parece que Adilson Batista teve seu dia de LCF.


Notas:


Maizena: Fez duas grandes defesas. Nota: 7


Russo: Infantil e irresponsável, vinha até jogando bem, mas sua atitude foi de uma falta de respeito total com a seriedade que pede de quem veste a camisa do Sport. Nota: 1


Sandro: Estava nervoso, mas é uma raça incrível, garantiu sua parte. Nota: 7


Dão: Estava nervoso, foi envolvido pelo ataque do Santa, perdeu uma bola boba, mas recuperou, o pênalti marcado, foi por pura falta de maturidade,uma partida péssima. Nota: 2


Fabinho: No primeiro tempo atacou, mas é muito fraco como lateral. Nota: 4


Ramalho: O melhor do time, desarmou e jogou com muita raça. Nota: 7,5


Cleisson: Armar não é sua praia, as vezes pode até acontecer, mas definitivamente não rendeu bem, mesmo sendo o jogador voluntarioso de sempre, errou muitos passes. Nota: 6


Cleiton Xavier: Mesmo sendo o cérebro do time, em alguns momentos usou de preciosismo. Nota: 6,5


Leanderson: É útil ao time, joga com seriedade, as vezes tem de ter mais calma, mas parou Carlinhos Bala que teve de ir jogar no meio campo. Nota: 6,5


Vinícius: Era o atacante mais lúcido do Sport, brigava com a zaga e serviu russo em um chute que ele deu e esbarrou na defesa. Sua saída não se justifica. Nota: 7


Rinaldo: Meteu uma bola na trave, lutou muito, mas não tinha com quem jogar. Nota: 6


Lúcio: Deu mais mobilidade ao time, mas pra que sua entrada se tinha homem pra prender a zaga para que se pudesse trabalhar mais a bola. Nota: 5,5


Sérgio: Jogou com vontade, cruzou muitas bolas na medida, mas não se tinha uma referência na área para aproveita-las. Nota: 6


Reinaldo Aleluia: Tentou resolver só em alguns lances e parou na defesa. Nota: 5


Adilson Batista: Como falei antes, todo mundo tem seu dia de LCF, espero que seja o últimos, apesar de eu mesmo ter criticado Cleisson porque o mesmo não queria jogar armando, agora ta na cara que armar não é a sua. O Sport tinha Clécio e Glauber que eram bem mais experientes que Dão para a zaga, não se justifica a sua escalação e como é que se tira um atacante alto e brigador como Vinícius para por Lúcio? Seria mais correto até tirar Rinaldo porque joga aberto, ou talvez Cleisson e colocar Lúcio com Cleiton Xavier mais avançados, recuando Ramalho pra zaga, já que tinha Leanderson na proteção de zaga, a entrada de Aleluia no lugar de Sandro também não se compreende de forma alguma. Nota: 2