Em treino diferente, leoninos são reforçados por psicólogas

O dia de ontem do time rubro-negro teve um diferencial. Antes do treino, duas mulheres – Carla Lopes e Poliana Guimarães –, especialistas em psicologia do esporte, ministraram uma palestra para o elenco.

A intenção é mostrar ao grupo como as experts em mentes humanas podem ajudá-los dentro dos gramados. Ainda não existe um contrato firmado entre as psicólogas e o Sport, já que tudo vai depender da receptividade dos atletas ao trabalho a ser implementado. Mas o técnico Adílson Batista aprova a iniciativa.

Ele, aliás, foi o idealizador do encontro, de 45 minutos de duração. No Paraná e no Avaí, dois clubes comandados pelo treinador, havia psicólogos. “É importante você ter um perfil dos atletas com quem está trabalhando”, justifica Adílson. “Quando era jogador, no Corinthians e no Cruzeiro, também tive essa experiência. Na nossa própria vida precisamos de auxílio, apoio e incentivo. É interessante abrir a mente”, diz.

A especialista Poliana Guimarães lembrou aos atletas que alguns fatores psicológicos podem interferir, para pior, numa partida. “É preciso ter controle emocional, trabalhar as relações interpessoais para melhorar o relacionamento de um grupo e a ansiedade”, afirmou.

Saindo do campo da teoria para a prática, Carla Lopes citou como exemplo o caso de de uma atiradora filiada à Federação Brasileira de Tiro. “Começamos a trabalhar com ela, e sua média de acertos era de 340 pontos. Depois, começou a fazer 355. O seu nível de estresse era muito alto e isso prejudicava”, disse.

Para saber até que ponto existe desejo dos atletas pelo trabalho por elas executado, Carla e Poliana aplicaram atividades que visam a mostrar o interesse dos envolvidos. “Na reunião, a maioria deles reagiu bem”, diz.

O volante Cleisson, que domingo, dia do jogo contra o Serrano, em Serra Talhada, completa 33 anos, ficou no meio-termo, quando indagado sobre as benesses da psicologia no futebol. “Tudo que for para ajudar, é positivo. Só não gosto de palestras muito demoradas, porque fica um pouco cansativo”, opina Cleisson, que quer uma vitória de presente, contra os sertanejos do Pajeú.