Por Adelmar Bittencourt*
“Seu” Juvenal – pai do meu grande amigo Cabeção – é um poço de sabedoria. Aos 81 anos, ele tem uma máxima segundo a qual “Só se resolve um problema depois de dar uma bela respirada e uma acalmada nos nervos. A afobação triplica as coisas ruins que a gente enfrenta”. Assistindo ao jogo contra o Porto, foi impossível não lembrar de “seu” Juvenal.
Foi como se ele tivesse aparecido ali em Caruaru para contaminar o Sport com sua sapiência. Vejamos: depois de todos os atropelos e “uruca” que o Sport vem enfrentando, e justamente quando o time começa a engrenar, eis que o Porto sapeca dois gols. 2 x 0. Derrota anunciada. Perda da liderança. Certo?
Não quando se tem um time com a cabeça no lugar e consciente de que é melhor que o adversário. O Sport – que era melhor no jogo mesmo antes dos gols – não se afobou em nenhum momento, coisa de quem tem plena confiança no próprio taco. Resultado: uma virada sensacional. 4 x 2. Vitória redentora. Liderança mantida.
Uma coisa é plenamente detectável nesse Sport de Adilson Batista. Se o time não joga um futebol de encher os olhos e nem tem o entrosamento ideal, ao menos tem a confiança de que, individualmente, todos (com exceção de Sérgio, que é uma desgraça só) são jogadores com potencial individual para decidir as partidas.
Não custa nada lembrar que esse é, disparado, o melhor elenco do futebol nordestino. Ganhar títulos com esse time é só uma questão de tempo. Mas enquanto o tempo não ajuda, Adilson tem feito um excelente trabalho no sentido de mostrar aos atletas que eles têm bola para jogar – e ganhar – de todos aqui. Com os olhos vendados e pés algemados.
E Os Outros Futebol Clube, hein? Um deles (o 2º Maior Time do Estado) levou um sufoco dos infernos, para ganhar no finalzinho. É só questão de tempo para levarem a lapada nossa da qual escaparam fedendo no primeiro turno.
Já o outro, coitadinho, parece ter dito adeus ao Campeonato. Não tem time e nem treinador, e ainda pode ser denunciado por crime hediondo: “queimar” crianças.
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