Futebol Solidário continua aliado a clubes do Estado

O Campeonato Pernambucano está mais uma vez sob a égide do Futebol Solidário, programa surgido em 2000, que envolve o governo do Estado, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e os clubes.

A nova edição do convênio abrange R$ 1,5 milhão, sendo R$ 900 mil distribuídos com Náutico, Santa Cruz e Sport, detentores das maiores torcidas, ficando os R$ 600 mil restantes para os demais clubes – Itacuruba, Manchete, Petrolina, Porto, Serrano, Vitória e Ypiranga. A verba será dividida em quatro cotas.

O Futebol Solidário 2005 foi formalizado ontem pela manhã, na Secretaria de Desenvolvimento, Esportes e Turismo, em reunião presidida pelo secretário- adjunto da área, Tom Uchoa, e que contou com a presença do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, e com os seguintes representantes de clubes: Cauby Urquiza (Náutico), Romero Jatobá (Santa Cruz), Genivaldo Cerqueira (Sport), Flávio Pontes (Ypiranga), Paulo Roberto Arruda (Vitória), Leonardo Coutinho (Manchete), José Raimundo (Serrano), José Faustino (Petrolina), José Everaldo Ferreira da Silva (Porto) e Olegário Júnior (Itacuruba).

Ao agradecer o apoio que o futebol pernambucano recebe mais uma vez do governador Jarbas Vasconcelos, Carlos Alberto Oliveira disse que, apesar das críticas dos primeiros anos, Pernambuco tem servido de modelo para o Brasil. “Chamaram nosso campeonato de natimorto”, mas Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte já seguem nosso exemplo”, afirmou o presidente da FPF. “O vírus pegou e a coqueluche, no momento, é esse programa que Pernambuco iniciou”.

Carlos Alberto lembrou que se não fosse o Futebol Solidário, o Itacuruba, que já não conta com o apoio da prefeitura de Itacuruba, estaria numa situação difícil para disputar o campeonato. Para ele, o futebol não é um esporte de elite, é de pobre, todavia, este não está podendo ir ao estádio e aí é quando entra o Futebol Solidário.

O secretário-adjunto Tom Uchoa mostrou-se satisfeito em saber que o programa tem gerado frutos Brasil afora. “A esperança é que o projeto se repita nos próximos anos”, disse Tom Uchoa.

Os dirigentes dos clubes mostraram-se satisfeitos. Para José Raimundo, do Serrano, o Futebol Solidário possibilita a presença nos estádios de muitas pessoas que não têm condições de pagar ingressos. Flávio Pontes, presidente do Ypiranga, diz que não deixa de ser uma ajuda, embora seu clube conte com uma torcida que em qualquer circunstância se faz presente aos jogos do alviazulino de Santa Cruz do Capibaribe.