Ataque do Sport está em baixa


Os números são frios, desprovidos de qualquer sentimento. Depois de oito jogos realizados no primeiro turno do Campeonato Pernambucano – falta apenas um para finalizá-lo –, os mesmos vaticinam sem dó que a participação do ataque rubro-negro foi pífia. Ao todo, o time leonino marcou sete gols, estando à frente apenas do Manchete e Petrolina, que balançaram as redes quatro e seis vezes, respectivamente. A conta fica ainda mais ingrata para os rubro-negros, quando o seu retrospecto é comparado ao dos arqui-rivais Santa Cruz e Náutico. O tricolor marcou 17 vezes, e o timbu, 19.

“Já se foi a época em que o torcedor do Sport ia a campo para ver o time vencer por três, quatro gols de diferença das equipes intermediárias”, afirmou o torcedor Eduardo Silva, desconsolado, logo após do empate por 0x0, contra o Vitória, no Carneirão. Nas duas últimas décadas, brilharam no ataque jogadores como Roberto Coração de Leão, Hélio, Moura, Leonardo – nos seus melhores momentos, em 98 e 2000 – e Luís Müller.

Há quatro anos, o torcedor pede um ‘matador’, mas as últimas aquisições não atenderam às expectativas. O último artilheiro do clube em Estadual, para se ter um exemplo, foi Jaques, em 2000, com 15 gols.

Em 2002, apareceram os centroavantes Fabrício, Cacá e Wellington Amorim. Em 2003, os responsáveis por furar as metas adversárias eram Weldon, Valdir Papel, Adriano Chuva e Cleisson Rato. Ano passado foi a ‘era’ Danilo Santos, Alecsandro e Robgol, este uma das maiores esperanças de gols dos últimos tempos, mas ficou conhecido apenas como ‘exímio perdedor de pênaltis’.

Nenhum dos atletas citados, cuja função era estremecer de alegria a galera leonina, conseguiu escrever seu nome na Ilha.

Para os novos ‘artilheiros’, Rinaldo, Reinaldo, Vinícius, Danilo Goiano e Cristiano Brasília, as chances estão sendo criadas. Os goleiros é que estão levando sorte e mostrando trabalho profissional. “Estamos chutando em direção ao gol. Se estivéssemos chutando para fora, tudo bem. Então, os goleiros estão sobressaindo”, afirmou Vinícius, uma das maiores esperanças de gol da temporada, embora só tenha marcado duas vezes.

O estreante do último domingo, Reinaldo Aleluia, alegou que é preciso mais treinos de finalização durante as movimentações diárias, para o time dar a volta por cima. “Aos poucos cresceremos de produção”, diz.

Já o rápido e habilidoso Rinaldo, artilheiro da Série B do Campeonato Brasileiro, ano passado, com 14 gols, mesmo tendo saído na metade da competição para se transferir para a Coréia do Sul, afirma que não se pode culpar apenas alguns jogadores. “Tudo depende de conjunto. Quando se ganha, ganham todos, quando se perde, também”, afirma.