Antes da visita, agressor ligou para Possato

‘Algoz’ do lateral-esquerdo Possato, o volante tricolor Andrade lamentou muito a situação do companheiro de profissão e garantiu que jamais entraria numa jogada para machucar um atleta.
Segundo Andrade, o acidente foi uma jogada normal no meio do campo. “Ele deu um toque para o lado e eu dei o carrinho para tomar a bola. Infelizmente, meu pé de apoio foi de encontro ao pé de apoio dele. Fiquei sabendo que saiu de campo chorando”.

A primeira providência foi logo telefonar para Possato e saber a gravidade do problema. “Pedi desculpas pelo acontecido e disse que nunca foi minha intenção machucar ninguém. Graças a Deus ele aceitou as desculpas. Possato parece ser uma pessoa de boa índole e quem me conhece dentro e fora de campo sabe que não fiz por mal. O perdão dele me deixou mais confortado”, contou.

O volante coral também lembrou que já passou por problema semelhante. No primeiro turno do Campeonato Pernambucano de 2003, ele rompeu três ligamentos do joelho direito num jogo contra o Recife – atual Manchete. Resultado: um ano e quatro meses longe dos gramados. “O que aconteceu comigo eu não desejo nem a um cachorro. A mesma dor que ele sentiu eu também já senti”, disse.

Até a família de Andrade entrou em contato para saber se o problema com Possato foi grave. “Meu pai me ligou muito chateado porque eu machuquei um companheiro. Mas disse a ele que não foi nada intencional”, comentou.

Agora, o atleta tricolor se coloca à disposição do rubro-negro Possato para ajudá-lo no que for preciso para a recuperação ser mais rápida.

Ele só não disponibiliza seus serviços de fisioterapeuta porque ainda não concluiu o curso – durante sua recuperação, Andrade iniciou os estudos de fisioterapia. “Ainda não posso ajudá-lo como fisioterapeuta, mas, se ele quiser, posso indicar bons profissionais”, adiantou.