Adílson Batista começa com o pé direito

Mais de 22 mil torcedores assistiram ao “Clássico dos Clássicos” que aconteceu ontem na Ilha do Retiro. Numa partida decisiva, o Leão enfrentou o Timbu pelo Campeonato Pernambucano 2005, ganhou e voltou a ter chances de levar o 1º turno. A partida começou tensa, com os jogadores alvirrubros exibindo um festival de faltas. Com o árbitro Cláudio Mercante fazendo ‘vista grossa’, a violência do Náutico durou toda a partida.


Aos 5 minutos da etapa inicial, a equipe Leonina teve uma falta ao seu favor, mas Nilson defendeu bem. Aos 14, os Rubro-Negros foram incomodados com uma cobrança de Kuki, mas nada demais. Em seguida o atacante, em claro impedimento, não foi punido com amarelo por ter feito o gol após o árbitro apontar a infração. Ainda no mesmo tempo, outro cartão para Diego, jogador Alvirrubro e logo em seguida, o árbitro Cláudio Mercante mostra mais um para Batata, que bateu impiedosamente sob os olhar complacente do juiz.


Apesar da superioridade em campo, o primeiro grande lance do Sport só aconteceu aos 30 minutos, quando Rinaldo cruzou para Vinícius, que cabeceou para o gol, com a bola passando perto do travessão. Em seguida outra ameaça para o time de Adilson Batista: o lateral-direito Sérgio comete falta em Kuki. Mas a cobrança foi sem perigo para Maizena, que segurou com tranquilidade.


No finalzinho da etapa inicial, a equipe da Ilha ganha um cartão amarelo. O Timbu não deixa por menos e recebe mais um com Rodrigo Pontes, outro que abusou da violência e anti-jogo. O primeiro tempo termina com o placar fechado e Heron Ferreira fez críticas à arbitragem: “o juiz deve estar de brincadeira”, argumentou. O técnico alvirrubro só esqueceu do escandaloso pênalti cometido pelo lateral-esquerdo Souza, que propositadamente desviou a trajetória da bola com a mão, na frente do auxiliar e do árbitro, que mais uma vez nada marcaram.


Logo no início do segundo tempo, Cleiton Xavier cruza para Rinaldo, mas o atacante estava adiantado e Mercante deu mais um impedimento. Outra ameaça de gol surge quando Sandro chutou forte, mas a bola foi para fora. Passados 16 minutos, Heron faz uma substituição, colocando Marco Aurélio no lugar de Diego. Em seguida, Betinho comete outra falta ríspida e o Náutico ganha outro amarelo.


Na metade do segundo tempo, ainda sem ter feito nenhuma mudança, o novo comandante Rubro-Negro manda todo o banco para o aquecimento e escolhe Brasília para substituir Vinícius. O resultado veio rapidamente. Aos 32 minutos, numa cobrança de falta magistral, Brasília chuta e nem a barreira nem o goleiro Nílson, que sequer se mexeu, conseguem segurar o Sport, que abre o placar fazendo 1 x 0 e decretando o carnaval na Ilha. Com a vantagem do Leão no placar e a estrondosa superioridade demonstrada ao longo da partida, o torcedor Alvirrubro, desiludido com seus meninos, começa a deixar o estádio.


O Leão ainda teve alguns lances de perigo, porém, o jogo terminou mesmo com a vitória do Sport por 1×0, que subiu para a terceira colocação no Campeonato Pernambucano 2005. Depois de três empates a torcida Leonina sai aliviada e o novo técnico fala da sua estréia: “mesmo com algumas dificuldades no começo da partida, o nosso objetivo foi alcançado”, comemorou.