TV – Cota rubro-negra cresce 47%

Se sete clubes filiados ao Clube dos 13 pediram para sair da entidade, a reunião de quarta-feira, no Rio de Janeiro, entre os integrantes da entidade, agradou, e muito, o Sport. E não é para menos. O grupo do qual os rubro-negros fazem parte – junto com Atlético/PR, Vitória, Goiás, Portuguesa, e Guarani – foi o que recebeu o maior aumento na divisão do dinheiro proveniente da cota de televisão, paga pela Rede Globo, pelos direitos de transmissão das partidas. As cifras chegam aos 11 milhões por ano, 47% a mais que o rateio anterior, que rendia algo em torno de 6,8 milhões.

Como não poderia deixar de ser, o Sport, representado pelo seu virtual presidente no biênio 2005/2006, Luciano Bivar, votou junto dos que aprovaram a nova distribuição dos R$ 300 milhões. É bom deixar claro que o Sport, por estar há três anos na Série B do Campeonato Brasileiro, só tem direito a 25% do montante, recebidos mensalmente.

Apesar de a imprensa do Sul/Sudeste dar como certa a desintegração do já cambaleante Clube dos 13, o presidente Severino Otávio (Branquinho) crê que haverá uma solução tranqüila para essas divergências. “Há muito tempo existem divergências no C13. Acho que o que está acontecendo não passa de pano de fundo para que seja criada uma Liga Nacional, desejo de muitos lá dentro”, avaliou Branquinho.

Para ele, foi certo o posicionamento do clube da Ilha, que votou junto com a maioria. “Melhoramos a nossa cota. Temos que lutar pelos nossos espaços”, diz.

Indagado se havia a possibilidade de o Campeonato Brasileiro se desintegrar e o Sport ficar de fora da elite, Branquinho mostrou-se descrente. “Como fazer uma competição nacional sem Palmeiras e Vasco?”, indaga. “A estrutura é que tem de mudar”, afirma.

Há quem ache, na Ilha do Retiro, que o estouro na reunião do Clube dos 13 é decorrente do desespero do Flamengo, que ainda corre risco de cair para a Segunda Divisão, no próximo ano. O Flamengo, junto com o São Paulo, fundou o Clube dos 13.