Doriva topa desafio do centenário

O primeiro reforço do Sport visando à próxima temporada chegou ontem à Ilha do Retiro. Trata-se do meia-esquerda Doriva, 30 anos, que disputou a Série B do Campeonato Brasileiro, este ano, pelo rebaixado Joinville. O atleta não tem nada a ver com o volante de mesmo nome, que atuou pelo São Paulo, e foi campeão mundial interclubes, no jogo contra o Barcelona, no Japão, em 1992. Até amanhã, o presidente Severino Otávio deve estar anunciando mais três reforços: um zagueiro, um lateral e um atacante.

É a primeira vez que Doriva atua por um clube nordestino. Segundo ele, mais do que estar num grande centro, ele quis defender o Sport no ano do centenário por causa do desafio.

“Estou aqui para dar o melhor de mim, e ajudar o Sport em grandes conquistas, no próximo ano. A data do clube pede isso”, afirmou o atleta, que, no Joinville, atuava improvisado de segundo volante.

Dos atletas engatilhados, Doriva é o caso que teve o desfecho mais rápido. No início, o Palmeiras, detentor de 50% dos seus direitos federativos, colocou algum empecilho. Mas, depois, tudo foi resolvido. “Em todos os times em que joguei fui titular. Espero que seja assim também aqui no Sport. A única vez que não tive chance foi no Palmeiras, em 97”, afirmou o jogador.

Doriva – 1,87m e 74kg – começou no Atlético de Sorocaba (SP), mas nasceu na capital paulista. Em 11 anos como profissional, passou pelo Palmeiras, Figueirense, Joinville, Leon (México), Al Nasser e Al Ithihad (Arábia Saudita), Estrela da Amadora e Leixões (Portugal).

De acordo com o técnico Heriberto da Cunha, Doriva tem o perfil de atleta que ele quer no seu grupo. “Trata-se de um jogador de bom caráter”, reconhece ele, que passou maus bocados com parte do elenco de 2004, que não tinha o mínimo compromisso com o clube.

Doriva nunca jogou comandado por Heriberto, e chamou a atenção do técnico, no jogo Sport 2×1 Joinville, na Ilha. “Ele quase acaba com o nosso time”, lembra.