Bivar – ‘Nossas propostas são claras’

Na próxima quinta-feira, 16 de dezembro, o sócio do Sport que estiver em dia com suas obrigações com o clube vai eleger o
empresário Luciano Caldas Bivar, 51 anos, para ser o presidente do clube leonino no biênio 2005/2006.

Depois de muito disse-me-disse e nove pré-candidatos, como um verdadeiro jogo de Resta 1 todos eles foram desistindo até ficar Bivar, representante da situação do clube e que será aclamado. Bivar já foi comandante de todos os leoninos em três oportunidades – 1989/90, 99/2000 e 2001, quando foi execrado pela torcida rubro-negra e renunciou ao cargo. Nessa entrevista, concedida a Folha de Pernambuco na última quinta-feira, 09, ele ainda não sabia que seria aclamado – Aluízio Botelho desistiu de concorrer na sexta-feira. Em breves palavras, falou de seus planos para o ano do Centenário e das dificuldades financeiras vividas pelo Leão da Praça da Bandeira.

Folha de Pernambuco – Em 2005 o Sport completará 100 anos, um marco histórico. Certamente, será um ano de muitas cobranças por parte da torcida e da imprensa. Quais serão os maiores desafios que o senhor encontrará sendo presidente do Sport?

Luciano Bivar – Acho que diante das dificuldades que a nova conjuntura jurídico-econômica se instalou é preciso que preparemos o clube para mais cem anos, assim como nossos saudosos rubro-negros do passado prepararam para nós. Devemos sim, consolidar nossa vocação para eternidade.

FP – O que o levou a concorrer ao cargo?

LB – Os amigos, que embora eu discorde, diziam que eu era o maior ponto de convergência. Acho que os outros candidatos tinham iguais condições ou melhores, sem qualquer sentido de falsa modéstia.

FP – Fora o futebol, quais são os outros setores do Sport que precisam de investimento?

LB – Diante das dificuldades financeiras que todos vivemos é primordial a preservação do patrimônio físico. Só depois elegeremos outras prioridades.

FP – O Sport vive uma grave crise financeira, com um passivo em torno de R$ 3 milhões. Como o senhor pretende angariar recursos e fazer investimento financeiro para o clube?

LB – O passivo, que não é só do Sport, mas de todos os clubes brasileiros, é histórico. É com o Governo. O passivo trabalhista acordamos com a Justiça do Trabalho e está sendo pago paulatinamente e religiosamente. Os demais eu desconheço.

FP – Por que o sócio do Sport deve sair de casa e votar na sua chapa?

LB – Aí, trata-se de uma opção do sócio do Sport. Nossas propostas são claras e públicas. Espero que Deus os ilumine e escolham o melhor independente de minha candidatura.