Um queria ‘carta branca’, o outro mudança de verdade

O JC não conseguiu falar com Homero Lacerda, mas apurou que ele quer carta branca para alçar vôos ambiciosos na montagem do time de futebol, como uma folha salarial de cerca de R$ 1 milhão e um técnico do nível de Emerson Leão (R$ 150 mil em média).

Já Bertini saiu da disputa pondo em dúvida o processo eleitoral. “A ausência de regras gera preocupação. Será que a avalanche está armada, como nos tempos em que aqueles que se acusavam mutuamente (’bivaristas’ e ‘wandercistas’) de armação? Nesse campo minado, prefiro uma rendição pacífica de quem também procura evitar a responsabilidade de ser apontado como um obstáculo para essa dita união, por mais hipócrita que me pareça”, dispara. “Na calada da noite, eles decidem o que é bom para o clube, impondo ditatorialmente a verdade deles.”

O ex-candidato disse que não aceitará cargos e fará uma oposição vigilante. “Não acredito que este projeto de transformar o Sport numa empresa S.A. vai dar certo. Como uma empresa em situação pré-falimentar, como é o caso do Sport, vai se abrir ao capital sem malefícios?”, indaga.

Por fim, ele manifestou o seu desejo de voltar a disputar uma nova eleição no clube. “A semente da mudança vai ser plantada mais cedo ou mais tarde. Espero que este meu recuo seja um até breve porque, no momento, a Ilha vive mergulhada num ninho de cobras venenosas (por mais desconfortável que seja esse termo”, desabafa.