Dubeux desconhece a tão propalada carta de renúncia

Em mais um capítulo da novela mexicana em que se transformou a eleição 2005, do Sport, chegou-se a ser dado como certo, sábado, que o empresário Gustavo Dubeux teria enviado uma carta ao presidente Severino Otávio (Branquinho), renunciando a uma candidatura que, ao menos, chegou a ser oficializada. Em entrevista ao Jornal do Commercio, Dubeux afirmou que tal renúncia nunca existiu. “Como vou desistir de uma candidatura, se não sou candidato?”, indaga.

A única verdade do folhetim rubro-negro é que Gustavo Dubeux decidirá ser candidato ou não até quarta-feira, dia limite que ele mesmo se impôs para dar uma resposta à torcida e aos rubro-negros ilustres, que se posicionaram em seu favor. “Tenho de conversar também com os meus sócios (ele é um dos donos de uma grande construtora). É preciso pesar os prós e contra”, diz.

Outro fato importante que pode definir a presença de Dubeux no pleito é a reunião entre Branquinho e o empresário Luciano Bivar, que deve desembarcar no Recife, neste início de semana, vindo da Europa, onde tratava de assuntos empresariais.

Sabe-se que Branquinho espera ouvir do próprio Bivar seu apoio a Dubeux. Aliás, ser nome de confiança do ex-presidente do Sport é motivo de orgulho para Dubeux. “É muito importante ter o apoio de uma pessoa como Luciano Bivar”, afirmou.

Como sempre, o empresário da construção adota o discurso dualista. Ora fala como candidato, ora tira da cartola a retórica da união do clube, lembrando que o nome mais agregador, no momento, deve se candidatar a presidente, com o aval de Severino Otávio.

“O bom disso tudo é que o clube está motivado com essa eleição. Seja o meu nome ou de outro, estou aqui apenas para ajudar, sendo presidente ou não”, afirmou. “E, no próximo ano, vou ajudar o Sport de maneira mais agressiva, como nunca fiz”, afirma, deixando no ar que pode não entrar na disputa.

Um dos seus sonhos é aumentar a Ilha, mais precisamente a parte da arquibancada que fica entre as cadeiras e o placar. “As fundações foram feitas, não sendo tão difícil concluir a obra, até para trazer jogos da seleção”, diz ele, como se fosse o presidente.