Críticas à saída de Homero

A decisão de Homero Lacerda, não aceitando assumir a vice-presidência de futebol, em 2005, e saindo definitivamente do processo sucessório no Sport, não foi bem digerida pelo presidente Severino Otávio (Branquinho). Este afirmou, ontem, que nem ele nem Homero tinham o direito de fugir a uma convocação de Luciano Bivar. “Fomos nós que convencemos Luciano a ser candidato. Agora é uma pena, porque Homero é um grande rubro-negro e muito bem indicado para a função”, afirmou o presidente rubro-negro.

Um dos motivos para não aceitar o cargo, alegado por Homero, é a possibilidade iminente de o futebol do Sport ser autônomo, com a criação de uma sociedade anônima (S/A). O argumento apresentado pelo ex-presidente é que não teria tempo disponível para estar à frente das novas funções.

Para Branquinho, o motivo que ocasionou a segunda negativa de Homero, no ano – ele era um forte concorrente à presidência, mas desistiu do pleito, alegando que não disporia de tempo para a família –, não tem razão de ser. “Não tem bicho-de-sete-cabeças. Não é a primeira vez que o departamento de futebol vai ser autônomo. Isso aconteceu em 2000”, rememora.

Branquinho alega que não existem muitas diferenças nas funções. “O novo é organizar o setor administrativamente e ter maior responsabilidade na hora de gastar, o que já se faz”, afirmou.

Na tarde de ontem, Homero reiterou sua desistência da vice-presidência de futebol, como o Jornal do Commercio informou na edição de ontem. No entanto, contestou que tivesse saído do processo porque não teria apoio para montar uma equipe de R$ 1 milhão. “Tinha em mente uma folha de R$ 500 mil, com um treinador cujo salário fosse R$ 50 mil”, diz Homero.

Fica a expectativa, agora, sobre se Luciano Bivar, que está viajando, vai se retirar da disputa. A eleição está marcada para o dia 16 de dezembro.