Nereu já prepara time para a Copa São Paulo

Por causa da participação violenta numa confusão em um dos jogos da Copa São Paulo de Juniores, em 2002, o Sport recebeu uma dura punição: dois anos sem participar da competição, na qual desfilam as maiores promessas do futebol brasileiro. Na época, o técnico dos garotos leoninos era Marcelo Chamusca – irmão do treinador do São Caetano, Péricles Chamusca –, e o time contava com o craque Cléber, vendido recentemente ao Vitória, da Bahia, por US$ 1 milhão. Hoje, é diferente. O comandante dos juniores é Nereu Pinheiro, e ele confia que tem uma boa meninada nas mãos, que fará sucesso em terras paulistas.

“É difícil pensar em título, por causa da arbitragem, que sempre beneficia os paulistas, os donos de toda aquela festa. Mas já estou falando com os atletas para que eles tenham o objetivo de se impor na competição”, diz Nereu, já experiente no torneio – teve mais de cinco participações, com o Sport e Santa Cruz.

Nereu está confiante por um motivo simples: vai mesclar a experiência de jogadores que já estão em equipes profissionais – Leozinho (meia), Diego (meia), Dão (zagueiro), Marcelo (lateral) e Marconi (atacante) -, com os garotos do juvenil, destaques do Campeonato Aberto da categoria, tais como Heider (meia) e Zé 2Paulo (atacante). Some-se a estes, as últimas aquisições do clube, Clébson (volante) e Biluca (zagueiro).

Como a reapresentação do juniores, ainda em férias, está marcada para o dia 16 de novembro, Nereu lembra que terá cerca de 50 dias para treinar os seus pupilos. “A competição geralmente começa no dia cinco de janeiro. Temos tempo para afiar o time”, diz. “Acho que agora possuímos um elenco que tem tudo para fazer bonito em São Paulo”, afirma, confiante, o coordenador das categorias de base do Sport.

Um dos candidatos a craque da Ilha do Retiro, o meia Diego, lembra que disputar uma Copa São Paulo é o sonho de todos os jogadores da categoria de base. Mesmo integrado ao elenco profissional do Sport, está disposto a segurar a oportunidade, caso seja convocado realmente por Nereu Pinheiro. “Vale pela experiência e pelo sonho”, afirma.

O jogador lembra que, na Copa São Paulo, muitos atletas de clubes pequenos do Nordeste têm a oportunidade de aparecer para o Brasil. “É o que chamam de vitrine. Muitos deles aparecem na competição e melhoram seus contratos, transferindo-se para clubes grandes do sul”, encerra.