Heriberto ensina o bê-á-bá ao time

Repetir para aprender. Esta é filosofia de trabalho adotada pelo técnico Heriberto da Cunha até hoje, véspera do jogo contra o CRB, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Bater na mesma tecla, segundo o treinador, faz-se necessário, devido aos erros apresentados pelo time nos últimos encontros, como má finalização e um sofrível toque de bola.

Por isso, durante toda a semana Heriberto enfatiza os chutes a gol, cobrando, por tabela, os passes certos e rápidos de todos os jogadores do elenco. Para ele, os fundamentos são a alma do futebol moderno, embora sejam esquecidos pelos jogadores da nova geração. “Na minha época, errar dois passes por jogo era um crime. Treinávamos muito isso. Hoje não existe mais essa preocupação pelo lado dos atletas”, diz.

O último passe, aquele com que os meias deixam o atacante na ‘cara’ do gol, também está difícil de acontecer. Não só isso, mas as cobranças de falta com qualidade, uma arma tida como mortal e importante, fazem falta ao Leão, ultimamente. “Não se pode, por outro lado, descartar a pressão que o grupo está sentindo. É difícil para um elenco que desde o início do ano só colhe resultados ruins”, pondera o técnico.

Como repetir é o lema na Ilha, o treinador aproveitou para também fazer dois coletivos, ontem. Um pela manhã e outro no horário da tarde. Ele formou a equipe, nas duas movimentações, com esquemas táticos diferentes. “Estou treinando nas duas formas para que, quando uma delas for escolhida, os atletas estejam acostumados”, diz.

O time, no entanto, tem 99% de chance de jogar, em Maceió, no 3-5-2. Das últimas vezes que atuou desta maneira, o Sport venceu o Ceará, em Fortaleza, e o São Raimundo, na Ilha.